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 | 14/07/2005 10h02min

Marcos Valério usava laranja que já estava morto

Documentos entregues à CPI dos Correios denunciam saques irregulares

O ferroviário mineiro Jonas de Pinho morreu no dia 31 de dezembro de 1999, aos 81 anos, de choque séptico, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva crônica, conforme a certidão de óbito. Contudo, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue à CPI dos Correios informa que, três anos e sete meses depois de sua morte, Jonas de Pinho aparece como responsável por um saque de R$ 152.875 da conta da agência SMP&B, do publicitário Marcos Valério, na agência Assembléia (Belo Horizonte) do Banco Rural.

A morte de Jonas foi comunicada no dia seguinte, 1 de janeiro de 2000, pelo securitário Carlos Augusto de Melo, de um cartório de Belo Horizonte, que expediu a certidão de óbito. Bancos de dados públicos confirmam a morte do ferroviário, cuja aposentadoria fora suspensa na data de sua morte, substituída por pensão paga até hoje a sua viúva, Marlene de Pinho.

O documento do Coaf, contudo, informa que, no dia 16 de julho de 2003, um cidadão que se apresentou como Jonas de Pinho sacou o dinheiro em espécie da conta da agência de Valério. Como o valor era elevado, ele teve de declarar a razão do saque, dizendo que era destinada ao  pagamento de folha de pessoal.

A CPI dos Correios vai investigar a suspeita de que documentos de Jonas foram usados para os saques de dinheiro. O ferroviário deixou dois filhos, um deles também chamado Jonas, que trabalha em uma agência de publicidade mineira. O senador Cesar Borges (PFL-BA), integrante da CPI, disse que convocará Marcos Valério para explicar o saque feito por Jonas.

As informações são da Agência O Globo.

 
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