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 | 13/07/2005 15h22min

Parentes de suspeitos dos atentados ficam perplexos

Possíveis terroristas que mataram 52 pessoas eram cidadãos britânicos

Parentes e vizinhos dos supostos autores dos atentados em Londres reagiram com perplexidade à suspeita do envolvimento deles no massacre, pois os acusados nem de longe pareciam terroristas suicidas em potencial.

– Não pode ter sido ele. Deve ter havido algum tipo de força por trás dele. Ele era uma pessoa muito agradável, respeitada por todos – disse o tio de Shehzad Tanweer, de 22 anos, um dos quatro supostos autores materiais dos atentados, que deixaram pelo menos 52 mortos.

Arrasado, Bashir Ahmed, de 65 anos, acrescentou:

– A família está desolada. Isso é terrível.

A polícia britânica suspeita que Tanweer, formado em Educação Física e jogador de críquete, matou-se no atentado no trem entre as estações de metrô de Aldgate e Liverpool Street.

Como Tanweer, os outros três britânicos, de origem paquistanesa, suspeitos de atacar três trens e um ônibus em Londres, procediam da área de Leeds, norte da Inglaterra, onde mora uma grande comunidade muçulmana.

Para os familiares dos supostos terroristas e prováveis suicidas, as represálias podem ser o próximo pesadelo.

– Não acho que possamos continuar no bairro de Beeston (na área de Leeds), disse Ahmed.

Vizinhos e amigos tentam se recuperar do choque, como Mohammed Answar, de 19 anos, para quem o amigo Taweer era um bom rapaz, um bom rapaz.

– Não está em seu jeito de ser fazer algo assim. É o típico menino que condenaria uma coisa como esta, afirmou seu companheiro de críquete.

Os moradores de Leeds foram surpreendidos ontem, quando o Exército e a polícia do Reino Unido fizeram buscas em seis casas.

A presença de esquadrão antibomba, unidades móveis e helicópteros surpreendeu os moradores da área de Leeds. E no bairro de Burley, centenas de moradores atônitos deixavam suas casas, conforme o pedido da polícia.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, mostrou-se hoje "perturbado" com o fato de o atentado ter sido perpetrado dentro do país e por cidadãos britânicos, que assassinaram pelo menos 52 pessoas e feriram outras 700, muitas delas compatriotas.

As informações são da agência EFE.

 
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