A capital da Inglaterra tenta voltar à normalidade após os atentados terroristas da última quinta. O problema é o medo. Milhões de pessoas voltaram às ruas hoje, mas sem a mesma naturalidade de sempre: o centro, por exemplo, chegou a ser fechado após um alerta de segurança.

Um pacote em um ônibus fez a imagem das quatro explosões ser mais recente. O veículo estava próximo ao número 10 da Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair. A polícia bloqueou vários locais, mas logo em seguida liberou a região. Nada de suspeito foi encontrado.

Na tentativa de superar o trauma, Blair trabalha em duas frentes: colher pistas para capturar os responsáveis e impedir novos atentados. O primeiro-ministro se reuniu pela manhã para avaliar a crise na segurança detonada intensificada pelas já 52 mortes confirmadas – apenas uma mulher foi identificada (Susan Levy, de 53 anos).

Participaram da reunião o ministro do Interior, Charles Clarke, o responsável pela Defesa, John Reid, e a titular de Cultura, Tessa Jowell. Esta última é a encarregada da coordenação para o atendimento das vítimas.

O cenário político é de disputa. A vice-ministra do Interior, Hazel Blears, descartou a abertura de uma investigação sobre possíveis falhas da segurança em Londres, que podem ter facilitado o trabalho dos terroristas. O pedido foi realizado pelo Partido Conservador – o principal opositor do atual governo. Blair deve rejeitar a solicitação.

As informações são da agência EFE.