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 | 10/07/2005 18h02min

Veja questiona enriquecimento de filho de Lula

Revista ainda revela relações entre fundos de pensão e bancos

O enriquecimento de Fábio Luis Inácio Lula da Silva, de 30 anos, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é tema de reportagem da revista Veja neste domingo. No site da publicação, a revista revela detalhes e diz que o filho de Lula, um biólogo que ganhava a vida dando aulas de inglês e informática, agora é sócio de uma empresa de propaganda e produção de jogos de videogame com um capital de R$ 5 milhões.

A revista levanta suspeitas sobre o fato de o capital ter sido disponibilizado pela Telemar, que tem entre acionistas o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), com 25% de participação, e fundos de pensão de empresas públicas, com 19%.

A Veja também cita relações entre fundos de pensão estatais vinculados à companhia telefônica e aos bancos Rural e BGM, nos quais o PT obteve dois empréstimos milionários em 2003. O deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que acusou o PT de pagar o mensalão, disse que o dinheiro para "comprar" fidelidades no Congresso saía desses dois bancos.

Os dois empréstimos obtidos pelo PT nessas entidades tinham também como avalista o publicitário Marcos Valério Fernandes, acusado de integrar a rede de subornos. O então presidente do PT José Genoino, que renunciou ontem acuado pelas denúncias, tinha negado as relações do partido com Marcos Valério até a semana passada, quando documentos obtidos pela imprensa colocaram o vínculo em evidência.

Já o jornal O Globo informou hoje que os bancos Rural e BGM receberam depósitos milionários de fundos de pensões estatais nos últimos dois anos.

A direção nacional do PT foi completamente renovada neste fim de semana em reunião extraordinária realizada em São Paulo. As novas autoridades do partido disseram estar dispostas a exigir que os dirigentes que estão deixando os cargos esclareçam todas as suas contas. Além de Genoino, nos últimos dias se afastaram o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e os secretários geral, Sílvio Pereira, e de Comunicação, Marcelo Sereno. Todos foram substituídos por dirigentes muito próximos a Lula.

O novo presidente do PT é o atual ministro da Educação, Tarso Genro, que disse hoje que continuará no governo até o dia 27. A Secretaria-Geral ficou com Ricardo Berzoini, até semana passada ministro do Trabalho. E para novo secretário de Comunicação foi nomeado Humberto Costa, ministro da Saúde até sexta-feira.

Genro declarou hoje que há três tarefas muito urgentes no PT: esclarecer a situação financeira, reorganizar as relações com a militância e com o governo e revisar eventuais erros que possam ter sido cometidos. Já Berzoini foi mais preciso e disse que a direção anterior do PT deverá prestar contas aos novos dirigentes do partido, mas também "à sociedade".

As informações são da agência EFE.

 
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