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 | 08/07/2005 21h01min

Esquerda da CUT critica ida de Marinho para ministério

Deputado do PFL diz que não haverá isenção para reforma sindical

Os opositores de Luís Marinho dentro da Central Única dos Trabalhadores (CUT) criticaram a ida do sindicalista para o Ministério do Trabalho. Em nota divulgada hoje, a esquerda da CUT afirma que a decisão demonstra "mais uma grande contradição entre as lutas e anseios da base da Central e a postura de parte de seus dirigentes".

Para os diretores da CUT, "ninguém tem dúvidas de que, frente à grave crise que assola o governo, a opção do presidente Lula não é por mudanças na política de alianças e nem nos rumos da economia, mas ao contrário, pelo aprofundamento das alianças com setores fisiológicos da política nacional e pelo aprofundamento ainda maior da política econômica, agora com a ajuda de Delfim Netto", em referência à proposta do chamado "Déficit Nominal Zero".

Na opinião do grupo de oposição, em vez de aceitar cargo no governo, "a postura de um dirigente da Central neste momento, deveria ser de total independência e autonomia, com a implementação de ações e lutas que dessem conseqüência à exigência de mudança na política econômica, com suspensão do pagamento da dívida e rompimento com as políticas do FMI".

Na nota, os sindicalistas ainda afirmam que "as graves denúncias de corrupção nas empresas públicas e estatais, envolvendo partidos da base aliada e do próprio PT demonstram a continuidade da política do 'toma-lá-dá-cá' de governos anteriores, com a condenável compra de votos de parlamentares corruptos, que aprovam medidas e reformas contra o povo."

Segundo os sindicalistas, "toda essa crise vivida pelo governo Lula neste momento, é conseqüência da opção consciente do presidente Lula em fazer e manter aliança com setores corruptos da burguesia nacional, para dar continuidade ao projeto de desmonte das políticas públicas e de submissão ao grande capital internacional".

A nota é assinada por Jorge Luís Martins, Lujan Miranda, Francisvaldo Mendes, Bernadete Menezes, Agnaldo Fernandes e Wellington Cabral, todos da Executiva Nacional da CUT.

Para o líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), a nomeação de Marinho oficializa a CUT como sindicalismo de "chapa branca". Para o líder, Marinho não terá isenção nas articulação da votação da reforma sindical.

As informações são da agência O Globo.

 
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