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 | 08/07/2005 08h17min

PFL acusa João Paulo de usar dinheiro público

Ex-presidente da Câmara teria realizado pesquisa de interesse eleitoral

O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP) é acusado pelo PFL de ter usado dinheiro da Casa para encomendar pesquisa de opinião pública de seu interesse político e eleitoral. Quando dirigiu a Câmara, de fevereiro de 2003 a fevereiro de 2005, João Paulo contratou, via agência SMP&B, empresa de Marcos Valério, duas pesquisas ao Instituto Vox Populi, no valor total de R$ 757.230,60. Nestas pesquisas, João Paulo fazia questão de estratificar as entrevistas para que cerca de 50% da amostra fosse em São Paulo, Estado que o elegeu e onde pretende disputar as eleições para o governo no ano que vem.

Em agosto e novembro de 2004, em pesquisas telefônicas, João Paulo, que àquela época lutava para aprovar uma emenda constitucional que permitiria sua reeleição à presidência da Câmara, incluiu entre as perguntas sobre a imagem da Câmara a opinião dos entrevistados sobre a proposta de reeleição.

– Os deputados não tiveram acesso a nenhuma pesquisa institucional para avaliar a imagem da Câmara. Está bastante claro que o ex-presidente João Paulo Cunha usou dinheiro da Câmara para fazer pesquisa sobre temas que eram de interesse político particular do ex-presidente da Casa – acusa o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ).

O partido vê indícios de irregularidades na contratação e realização das pesquisas. O Instituto Vox Populi foi contratado por tomada de preço, sendo que na pesquisa de março de 2004 seus concorrentes foram os institutos “Síntese, Pesquisa e Análise” e “Cristina Pacheco”.

A administração da Câmara forneceu este contrato ao deputado Onix Lorrenzoni (PFL-RS), que fez pedido de informações, mas não entregou até o fim da tarde de ontem o segundo contrato, de junho de 2004.

O deputado João Paulo não foi encontrado para dar sua versão sobre os contratos. Mas um integrante da Mesa justificou que as pesquisas eram feitas para aqueles que dirigiam a Câmara ter uma medição mensal da imagem da instituição e da situação do país.

As informações são da Agência O Globo.

 
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