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 | 05/07/2005 21h10min

Direção do Banco Rural explica relações com Valério e PT

Comunicado afirma que publicitário é um prestador de serviços

Além de ser correntista do Banco Rural, o publicitário Marcos Valério de Souza é "prestador de serviços" da instituição financeira sediada em Minas Gerais, tendo intermediado os primeiros contatos entre a direção do banco e a cúpula do PT, informou o banco em comunicado a ser publicado nos principais jornais do país.

Na nota, o banco afirma que os contatos iniciais com a cúpula do PT trataram da criação do Banco do Trabalhador, que não prosperou, e que Marcos Valério teria participado de reuniões no Banco Central para discutir a compra de ativos do Banco Mercantil de Pernambuco pelo Rural.

A direção do Banco Rural explica no comunicado que o publicitário – acusado de ser operador do suposto esquema de pagamento de mesadas a deputados no Congresso – era amigo pessoal do falecido vice-presidente da instituição José Augusto Dumont, além de ser cliente e prestador de serviços do banco.

– Foi Valério quem apresentou Dumont a integrantes da cúpula do PT, com o qual o Rural discutiu a criação do Banco do Trabalhador, uma entidade financeira que funcionaria em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – afirma a direção do Rural no comunicado.

As negociações para a criação do banco ligado CUT não prosperaram.

– É fundamental deixar claro que o Rural não obteve qualquer vantagem na relação com os dirigentes do PT.

Na nota, a direção do banco não informa o nome dos dirigentes do PT que teriam conversado com o executivo do Rural.

Valério acompanhou Dumont em reuniões no Banco Central em audiências "para discutir a compra de ativos do Banco Mercantil de Pernambuco, que ainda estão sob a administração federal. Agendou, ainda, outros contatos com este mesmo objetivo e, até o momento, as conversas não prosperaram", diz o documento.

O Rural já detém 22% do Banco Mercantil de Pernambuco, acrescentou o banco. A direção do Rural argumenta que a relação do banco com o PT se resume a "operações bancárias, entre as quais o empréstimo já divulgado pela imprensa, sobre o qual o banco não pode se pronunciar em função do sigilo bancário".

O banco assegura que todas as informações referentes à relação com o PT, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal e pela CPI do Congresso, serão entregues "nos próximos dias" ao juiz Gustavo Serra de Macedo Costa, da Quarta Vara Federal de Minas Gerais, em atendimento à determinação judicial.

Ainda de acordo com o comunicado, a direção do banco afirma que registrou e enviou ao Banco Central – conforme determina a legislação-- todas as informações referentes aos saques iguais ou superiores a R$ 100 mil efetuados por seus clientes, direta ou indiretamente.

As informações são da agência Reuters.

 
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