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 | 05/07/2005 16h50min

África pede a G-8 que adote plano patrocinado por britânicos

Relatório será levado pelo premiê britânico Tony Blair

Os chefes de Estado da União Africana (UA) fizeram um apelo nesta terça, dia 5, para que a cúpula do Grupo dos Oito (G-8) tome providências urgentes para acabar com a pobreza no continente, afirmando que o grupo deveria adotar todas as propostas do relatório britânico sobre assistência, comércio e dívidas.

–A assembléia (de líderes da UA) apóia as recomendações do relatório da Comissão para a África – dizia a resolução lida a repórteres no encontro semestral da organização.

O relatório será levado pelo premiê britânico Tony Blair para a consideração dos líderes do G8, que se reúnem na Escócia na quarta e na quinta-feira. O documento pede um comércio mais livre, um aumento significativo na assistência financeira e o cancelamento de dívidas do continente africano.

– A assembléia (de líderes da UA)... faz um apelo veemente cúpula do G8... para que adote totalmente as recomendações abrangentes da Comissão para a África e aja rapidamente (para implementá-las) – disse a resolução. – A assembléia cumprimenta o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, e seu governo por pressionar por uma ação global mais sólida de apoio à África, em busca de crescimento, prosperidade e redução da pobreza.

O líder líbio Muammar Kadafi, uma força rica entre os países pobres do continente, havia dito aos líderes na segunda-feira que a solução para os males da África era a criação de um país pan-continental, em vez da ajuda ocidental, sujeita a condições.

Mas a Grã-Bretanha afirma que a movimentação para aumentar a assistência financeira à África é a coisa certa a se fazer, e que o comércio é a chave para destravar o desenvolvimento africano.

– Não é uma questão de caridade, mas de Justiça – disse a secretária britânica de desenvolvimento internacional, Hilary Benn, que participou da reunião africana. – Mas no final vai ser o desenvolvimento econômico, ao abrir o sistema mundial de comércio e permitir África sair da pobreza através do comércio, que vai fazer a diferença, e para que isso aconteça também é necessário ter paz e estabilidade, boa governança.

Mais de 40% dos africanos vivem com menos de US$ 1 por dia, 200 milhões de africanos estão sob a ameaça da fome e a Aids mata mais de 2 milhões de africanos por ano.

No outro ponto importante da agenda do encontro africano, os líderes aprovaram um plano para exigir duas vagas permanentes no novo Conselho de Segurança da ONU, embora não tenham definido como os representantes seriam escolhidos.

Segundo diplomatas, faltou tempo para tratar do assunto na cúpula, e os líderes não queriam atiçar as discordâncias entre os principais concorrentes, Nigéria, África do Sul e Egito.

As informações são da agência Reuters.


Veja as imagens dos protestos em Edimburgo

 
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