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 | 04/07/2005 15h24min

Músicos, civis e ativistas se mobilizam na cidade do G8

Duas grandes manifestações estão programadas para esta quarta

Cerca de 200 mil pessoas devem participar das manifestações previstas para esta quarta, dia 6, em Edimburgo Gleneagles. Os protestos têm como objetivo pressionar o G8 – grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia - para que acabe com sua política de superioridade.

O grande dia para os manifestantes será na quarta, quando os líderes do grupo chegarão para a cúpula anual a Gleneagles, a cerca de 80 quilômetros de Edimburgo, local da concentração dos protestos.

Um dos grandes protestos será na própria Edimburgo, convocado pelo músico irlandês Bob Geldof, organizador dos concertos Live 8 contra a pobreza na África.

Sob o lema de Long walk to justice (em inglês, Longo caminho para a justiça), Geldof pediu que um milhão de pessoas se manifestem contra a pobreza na capital escocesa, onde também se realizará um show de rock com a participação de Bono, U2, The Corrs e outros grupos engajados.

O irlandês, junto com o compatriota Bono, quer que a pressão popular obrigue o G8 a perdoar a dívida externa dos países pobres para fazer cumprir o lema "Fazer a pobreza história".

Sua estratégia é a aliança, já que Geldof e Bono mantêm uma estreita relação com o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e seu ministro da Economia, Gordon Brown, que prevê fazer um discurso na manifestação.

Em uma recente entrevista coletiva, Blair inclusive brincou o dizer que Geldof agora faz parte do G9.

A outra grande manifestação, no mesmo dia, ocorre em Gleneagles, contra o G8.

Pacifistas, a coalizão contra a guerra no Iraque, socialistas, verdes, anti-capitalistas e detratores da globalização econômica marcharão desde os arredores até a sede da reunião para receber os líderes na chegada para a cúpula de três dias.

Entre civis, ativistas, religiosos e fãs de roc, espera-se que cerca de 200 mil pessoas participem deste protesto, que só poderá chegar a 500 metros do recinto onde se reúnem os chefes de Estado e de governo.

Integram a marcha Bianca Jagger, ex-mulher de Mick Jagger, Scott Ritter, antigo inspetor de armas da ONU, Moazzam Begg, que esteve preso no campo de detenção americano de Guantánamo, e o romancista nigeriano Ken Saro-Wiwa.

Embora ambas as manifestações tenham os mesmos objetivos, os organizadores desta última se mostram críticos com a iniciativa de Geldof, que "contribui para a despolitização" das pessoas, segundo declarou à EFE a manifestante Annette Lynch.

As informações são da agência EFE.

 
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