O PMDB já teria apresentado as condições para entrar no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a liberação imediata de R$ 6,29 bilhões e a concessão de seis ministérios ao partido. Segundo reportagem do Jornal do Brasil, a proposta estaria sendo analisada pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e da Coordenação Política, Aldo Rebelo.

A matéria publicada hoje revela que a verba é referente a demandas represadas aos Estados pela União. Num primeiro momento, Palocci travou a liberação e os sete governadores do PMDB decidiram endurecer o discurso. O presidente Michel Temer (SP) conduz as negociações. Um novo encontro de Lula com os principais líderes da sigla deve ocorrer nesta semana.

O jornal cita cobranças de Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A fatura gaúcha seria alta: R$ 1,9 bilhão. Do total, R$ 900 milhões como compensação das perdas da desoneração das exportações (10% dos R$ 9 bilhões prometidos no início do ano) e R$ 1 bilhão como ressarcimento de obras em rodovias federais realizadas com recursos estaduais.

A reivindicação catarinense somaria R$ 600 milhões, relacionados à compensação das perdas com a Lei Kandir. Os seis ministérios criariam uma saída política para contemplar o dividido PMDB.