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 | 27/06/2005 13h01min

Correios negam suspeitas de fraudes em licitações e contratos

Nota divulgada pela estatal rebate depoimentos dados à CPI

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) divulgou nota neste domingo em resposta às recentes denúncias de fraude em contratos e licitações na estatal. Sobre o contrato com o Bradesco para atuar no Banco Postal, a nota afirma que o banco foi selecionado por meio de processo seletivo público. Em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios na semana passada, o ex-funcionário da empresa Maurício Marinho questionou os contratos entre as duas empresas.

Com relação a empresa de transporte aéreo SkyMaster, os Correios explicam que a empresa passou a operar linhas da Rede Postal Aérea Noturna a partir de junho de 2001. Conforme o comunicado, entre junho de 2001 e abril de 2005 houve aumentos e reduções significativos nos valores contratados em função do número e do tipo de linhas operadas. Em seu depoimento à Comissão de Ética da Câmara, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse que havia um superfaturamento de até 300% nos contratos do serviço.

O último contrato firmado com agências de publicidade foi, conforme os Correios, a licitação mais concorrida de que se tem registro na área e ocorreu conforme uma seleção pública de projetos pela internet. Maurício Marinho, em seu depoimento na semana passada, pediu a verificação dos destinatários de recursos de patrocínio feitas pelo Departamento de Marketing dos Correios. Segundo Marinho, os contratos seriam aprovados pela Secretaria de Comunicação do Governo (Secom). No último dia 22, a Secom divulgou nota em que afirma que os órgãos são responsáveis pela execução e acompanhamento dos contratos de publicidade e não pela aprovação.

Quanto ao consórcio Alpha – Novadata e Positivo,  dos quais foram adquiridos kits para o Banco Postal, a ECT afirma que o contrato teve quatro aditivos em função de ajustes de especificações. A Novadata venceu três licitações da estatal entre 2003 e 2005. No depoimento, Marinho questionou quantos kits foram adquiridos, onde estão e como foram feitos os contratos.

A nota da estatal diz ainda que a licitação para o Correio Híbrido Postal foi vencida pelo consórcio BR Postal, composto por nove empresas,  seis delas nacionais. Os contratos para a aquisição de cofres foram vencidos por três empresas, uma delas a Comam (Comércio Alvorada de Manufaturados), do empresário Arthur Washeck Neto, responsável pela gravação da fita que deu início às investigações sobre corrupção na estatal.

Os Correios afirmam que a Comam foi multada em R$ 997,2 mil por ressalvas nas inspeções de amostras, recusa de lotes e atrasos na entrega.  Segundo o comunicado, todos os contratos dos Correios são regularmente verificados por auditorias internas e externas afirma que buscará, em todas as instâncias legais, o reparo à lesão do seu patrimônio moral e material.
 

As informações são da Agência Brasil.

 
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