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 | 23/06/2005 15h58min

Empresário diz que decidiu sozinho gravar Marinho

Washek disse que se sentia prejudicado pelo ex-diretor dos Correios

O empresário Arthur Washek Neto disse, em depoimento à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção nos Correios, que considera o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho "falastrão" e "bravateiro".

Washek afirmou nesta quinta, dia 23, que tomou sozinho a decisão de gravar Marinho recebendo R$ 3 mil de supostos empresários. Durante a gravação, Marinho revelou também um suposto esquema de corrupção nos Correios envolvendo o PTB.

O empresário afirmou que a decisão da filmagem surgiu por que se sentia prejudicado por Marinho em algumas licitações. Segundo Washek, Marinho qualificou sua empresa de "picareta" e "firminha" e deu prioridade a grandes empresas. Durante a gestão de Marinho nos Correios, nenhuma empresa foi multada, mesmo quando apresentava problemas.

Washek contou que, a partir daí, decidiu fazer uma investigação particular para tentar provar os possíveis atos ilícitos praticados por Maurício Marinho. Ele disse que nunca viu ninguém dando dinheiro ao ex-funcionário dos Correios, mas afirmou que Marinho recebia vantagens da execução dos contratos. Washek chamou Joel Santos para ajudá-lo nas gravações, e que Jairo Martins que tinha o equipamento necessário.

Duas gravações foram feitas. Na primeira, Arthur Washek Neto disse nada grave foi revelado e que o nome de deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e familiares foi mencionado. Na segunda gravação, que foi revelada à imprensa, Marinho aparece recebendo propina e detalhando um possível esquema de corrupção na estatal.

O empresário explicou aos parlamentares que sua intenção era mostrar a fita ao então diretor da Administração da estatal, Antônio Osório, e ao presidente do partido responsável pela indicação de Osório, no caso, Roberto Jefferson. Segundo Washek, foi Jairo Martins quem distribuiu a fita à imprensa.

– Foi um erro foi não ter ficado com a fita e deixado Jairo editar e distribuir – disse o empresário, destacando que não teve motivação política e comercial com a gravação do vídeo.

As informações são da Agência Brasil.

 
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