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 | 17/06/2005 21h11min

Delcídio rebate notícias e critica fogo amigo do PT

O líder do PT no Senado e presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (MS), cobrou nesta sexta, dia 17, a demissão do diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, que teria plantado notícias contra ele na imprensa. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo nesta sexta, Delcídio, diretor de gás e energia da estatal no governo de Fernando Henrique Cardoso, fez contratos que causaram prejuízo de pelo menos R$ 2 bilhões à empresa. O senador nega ter sido responsável pelo prejuízo.

– Quero dizer que trabalhar desse jeito eu não consigo. Espero, até para o próprio bem da Petrobras, que esse indivíduo saia. Ele tem procurado desprestigiar até pessoas que construíram essa empresa – disse Delcídio durante discurso de defesa no plenário do Senado.

No Senado, um irritado Delcídio criticou duramente o chamado "fogo amigo" do PT, partido no qual ingressou há apenas quatro anos.

– Não aceito esse tipo de comportamento. Estou indignado com isso. O PT precisa acabar com esse negócio de 'fogo amigo' para que a gente tenha governabilidade e condições de construir um Brasil melhor. É por causa de gente com esse perfil que temos enfrentado tantas dificuldades – disse. – Isso é exatamente porque chutam contra o nosso próprio gol. Eu não conheço time que vença partidas onde o zagueiro chuta para dentro do próprio gol ou o centroavante, em vez de partir para a ofensiva, procura prejudicar algum companheiro.

Diante da notícia, o senador Heraclito Fortes (PFL-PI) apresentou um requerimento convidando o presidente da Petrobras, o também petista José Eduardo Dutra, e o próprio Sauer a prestar esclarecimentos na Comissão de Infra-estrutura do Senado. Delcídio também assinou o documento.

No Rio de Janeiro, Dutra saiu em defesa do atual diretor da estatal.

– Ele (Sauer) nega ter feita qualquer acusação – disse Dutra a jornalistas, em evento na Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Ao terminar o duro discurso, Delcídio recebeu um telefonema do Palácio do Planalto, mas não quis revelar o autor da ligação. Durante a conversa, ele disse que o conteúdo da matéria era "um ato de molecagem" contra ele.

– Espero que em um momento importante como este eu tenha pelo menos a solidariedade dos meus companheiros, pela responsabilidade e pela coragem que tive ao assumir a CPI dos Correios. Estou me expondo à opinião pública", disse, lembrando que é pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul.

As informações são da agência Reuters.

 
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