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 | 13/06/2005 19h55min

Delúbio pode ter de devolver salários em Goiás

Dos 29 anos de trabalho como professor, petista passou 22 afastado

O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, corre o risco de ser exonerado da secretaria de Educação de Goiás, além de ter de devolver salários recebidos indevidamente. Como professor de matemática concursado, seu salário atual é de R$ 763,85 e, com adicional por tempo de serviço, chega a R$ 1.280,77 brutos e R$ 1.051 líquidos.

Funcionário da secretaria há 29 anos, ele passou os últimos 22 anos afastado, mas continuou a receber salário. Neste período, utilizando-se de uma licença remunerada, foi cedido ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) e também à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Delúbio reside há anos em São Paulo. Agora, sua situação é anormal.

Segundo a secretaria, as licenças foram sendo renovadas, e a última venceu em fevereiro deste ano, mas ele continuou recebendo seu salário. Por caracterizar abandono de cargo, Delúbio terá de devolver R$ 4.782,74, referentes ao período de 9 de fevereiro a 31 de maio, informou a secretaria. Também foi aberto um processo administrativo, em 19 de abril, por abandono de cargo, que pode levar à exoneração de Delúbio. A secretaria não informou quanto tempo levam esses procedimentos.

A denúncia veio a público em função de eleições no Sintego, que acontecem nesta semana. Um dos candidatos adversários à atual chapa tornou público o caso. Delúbio, tesoureiro do PT há mais de cinco anos, foi envolvido em denúncia do presidente do PDT, deputado Roberto Jefferson, de que seria o homem do PT a operar um suposto esquema de pagamento a parlamentares para que votassem a favor de projetos do governo Lula. Ele nega a atividade.

Delúbio informou, por meio da assessoria do PT, que trabalha com três opções: regularizar a situação, voltar a dar aulas de matemática, pedir licença não remunerada ou exonerar-se. Ele diz que se enganou na data do término de sua licença remunerada. Ao invés de fevereiro, achava que era agosto. Ele afirma que a secretaria de Educação de Goiás notificou o sindicato de que havia aberto um processo administrativo apenas na quinta-feira passada.

As informações são da agência Reuters.

 
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