A cidades bolivianas de La Paz e El Alto enfrentam nesta quinta, dia 2, o início de uma greve de dois dias de sindicatos de motoristas. As manifestações se somaram às pressões para exigir a convocação de uma Assembléia Constituinte pelo Congresso.

Grande parte da população das duas cidades não pode se deslocar por causa da paralisação e de bloqueios em algumas ruas. Eles estã sendo organizados por grevistas que impedem o tráfego, inclusive agredindo os motoristas que tentam passar.

No resto do país continuam os bloqueios de rotas, que se estenderam a alguns departamentos que na quarta, dia 1°, não tinham sofrido os cortes. No leste, a via principal entre os departamentos de Santa Cruz e Beni amanheceu bloqueada nesta quinta.

A ministra de Trabalho, Audalia Zurita, declarou que o governo instruiu as entidades públicas para que sejam tolerantes com os atrasos dos funcionários. Ela também defendeu que o setor privado seja compreensivo com seus empregados devido às dificuldades de locomoção na cidade em um novo dia de protestos.

O vice-ministro de governo (Interior), Adrian Oliva, confirmou que a paralisação no setor de transporte está afetando especialmente El Alto, cujas organizações convocaram na semana passada uma greve indefinida que teve até agora um pouco cumprimento.

Os dirigentes vizinhos reclamam a estatização do gás, além da convocação a uma Assembléia Constituinte.

Os partidos com representação no Parlamento continuarão nesta quinta as reuniões iniciadas na quarta à noite, para concertar a convocação à eleição de constituintes e um referendo autônomo.

As informações são da agência EFE.