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 | 27/05/2005 11h05min

Encontro sobre não-proliferação de armas termina sem acordo

Países signatários do pacto global estão divididos

A conferência de revisão do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que durou quase um mês, encerra nesta sexta, dia 27, sem um acordo conclusivo.

Os delegados presentes na conferência, que começou em 2 de maio, esperavam criar um plano de ação para reparar brechas no tratado que permitem que os países adquiram tecnologia atômica, além de ouvir dos cinco membros que possuem armas nucleares que eles continuam comprometidos com o desarmamento. Mas o encontro resultou em uma disputa liderada pelos Estados Unidos, Irã e Egito.

Enquanto os Estados Unidos voltavam atrás de sua promessa de apoiar uma proibição dos testes com armas nucleares ou de desenvolver novas bombas, o Irã tentava garantir que a conferência não faça nada para aumentar a pressão para suspender seu programa de enriquecimento de urânio, que pode ser usado para produzir combustível para armas. O Egito atrasou os trabalhos da conferência, após não conseguir destacar as críticas sobre o suposto arsenal nuclear de Israel.

Os delegados vêm tentando chegar a um acordo em três comitês que cobrem os três pilares do acordo – desarmamento, verificação de meios de proteção dos programas nucleares nacionais e uso pacífico de energia atômica. Os comitês não conseguiram chegar a nenhuma conclusão.

Nove países possuem cerca de 30 mil armas atômicas, sendo que quase todas estão nos Estados Unidos e na Rússia – o suficiente para destruir o planeta muitas vezes. E dezenas de outras nações poderiam construir uma bomba se quisessem. Ao assinar o tratado, em 1970, as potências nucleares conhecidas – Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, China e França – prometeram dar um fim a seus arsenais mortais, mas não o fizeram até agora.

Acredita-se que Israel possua cerca de 200 armas nucleares, mas o país não confirma nem nega a informação. Como a Índia e o Paquistão, que possuem armas atômicas, Israel nunca assinou o TNP. Já a Coréia do Norte, que afirma possuir a bomba, retirou-se do tratado em 2002.

As informações são da agência Reuters.

 
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