A promulgação da lei de hidrocarbonetos e o lançamento de um plano econômico-social, com a promessa de benefícios para a população, não conseguiram diminuir os protestos de grupos radicais na Bolívia.

Os manifestantes, que exigem a nacionalização do setor, promoveram novas marchas e bloqueios de estradas nesta quarta, dia 18. A polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar um protesto de cerca de mil pessoas.

O grupo era composto principalmente por mineiros sócios de cooperativas. Eles tentavam ingressar na praça Murillo, sede dos poderes Executivo e Legislativo. Os manifestantes jogaram pequenos cartuchos de dinamite contra os policiais, e pediam a renúncia do presidente Carlos Mesa. Não há informações sobre feridos ou presos.

O ministro de Governo, Saul Lara, qualificou os bloqueios das estradas de “selvagens”. Foram fechados pelo menos quatro pontos das rodovias que unem La Paz a Oruro, ao sul da capital boliviana, e de Oruro a Cochabamba. Lara afirmou que, caso continuem os fechamentos de estradas, o governo fará uma ponte aérea para transportar viajantes parados.

 As informações são da agência AP.