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 | 07/11/2001 12h36min

Quebra de sigilo de Diógenes revela ligações com integrantes do governo

A quebra do sigilo telefônico do presidente do Clube de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, revela que o empresário manteve contatos freqüentes com pessoas ligadas ao primeiro escalão do governo. Zero Hora obteve nesta terça-feira uma relação com 30 nomes que ligaram ou receberam ligação de Diógenes, entre 1997 e 2001. No total, a lista somaria 77 pessoas físicas ou jurídicas. A comissão não informou em qual número de telefone teriam sido mantidas as conversas, mas fontes que acompanham a apuração dizem tratar-se do celular pessoal do presidente do clube. O ex-secretário da Administração Jorge Buchabqui é a pessoa física com o maior número de telefonemas (182 ligações). O empresário Evaristo Mutti e o presidente estadual do PT, Júlio Quadros, vêm a seguir. A lista geral é encabeçada pela Metroplan (350 ligações). As secretarias de Obras, de Habitação e de Agricultura também foram destacadas pelo relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT). As informações obtidas pela comissão relacionam conversas com a casa de veraneio do governador, o Palácio das Hortênsias, em Canela, com a secretária da Educação, Lucia Camini, e, em julho de 1998, com o então candidato Olívio Dutra. – Diógenes me ligou quando do meu afastamento do governo, em outubro de 2000. Depois, quando surgiram as primeiras denúncias na CPI, mantive contatos com ele com o objetivo de auxiliar na elucidação das dúvidas – disse Buchabqui sobre os telefonemas. Para o sócio do Bingo Roma, no bairro Azenha, Evaristo Barbat Mutti foram registrados 39 telefonemas dados por Diógenes entre dezembro de 1999 e junho de 2000. No ano passado, uma CPI instalada na Câmara de Porto Alegre apurou irregularidades na utilização das verbas municipais pela Associação das Entidades Carnavalescas, presidida então por Mutti, assessor do vereador Reginaldo Pujol (PFL). Em depoimento à CPI, Diógenes admitiu ser amigo do empresário. O presidente do clube negou no depoimento, porém, que conhecesse João Carlos Franco Cunha, sócio de Mutti no bingo. Segundo o relator da CPI, Cunha revelou à comissão que foi ligado ao jogo do bicho, mas que estaria hoje afastado da atividade. O parlamentar informou que foram registrados “um ou dois telefonemas” entre Diógenes e o ex-bicheiro.

 
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