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 | 05/11/2001 23h19min

Diógenes não esclarece origem de recursos

Sessão foi suspensa para atendimento médico da testemunha e será retomada na manhã desta terça

Considerado testemunha-chave da CPI da Segurança, o presidente do Clube de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, se atrapalhou nas explicações sobre a origem dos recursos que viabilizaram a compra do imóvel cedido gratuitamente ao PT. Foram exatas oito horas de depoimento e, mais de uma vez, os deputados ameaçaram pedir a prisão de Diógenes, alegando que mentia. A audiência foi interrompida às 22h40min dessa segunda-feira, depois de Diógenes alegar que estava se sentindo mal. Segundo seu advogado, Ricardo Cunha Martins, o presidente do Clube é cardíaco. O presidente da CPI, Valdir Andres (PPB), confirmou que a testemunha teve taquicardia e pressão alta. O parlamentar anunciou que os trabalhos serão retomados na manhã desta terça, às 10h. Na abertura de seu pronunciamento, Diógenes garantiu não ser bicheiro nem conhecer os diretores do jogo do bicho no Rio Grande do Sul. Admitiu, no entanto, manter relações de amizade com alguns apontadores do jogo. Diógenes confirmou o que havia dito em entrevista coletiva há cerca de uma semana: – Dei um falso carteiraço ao convidar a ir em minha casa o ex-chefe de Polícia Luiz Fernando Tubino. Mas quero afirmar aqui que não tinha autorização do governador Olívio Dutra nem de meu partido para falar em seus nomes. Diógenes atribuiu as denúncias a uma "conspiração macabra" envolvendo a RBS, a quem acusou de patrocinar uma campanha contra o governo por, segundo ele, estar ameaçada de não receber verbas publicitárias do Estado. Enumerando operações financeiras registradas publicamente pela RBS, entre as quais algumas feitas por sua subsidiária internacional com sede nas Ilhas Cayman (RBSpar Ltd), ele tentou denunciar uma aparente irregularidade em empréstimos do grupo. O dirigente não conseguiu esclarecer a origem dos recursos que viabilizaram a compra do imóvel cedido gratuitamente ao PT. Uma operação de crédito intitulada "empréstimo de mútuo" no valor de R$ 80 mil, ao contrário de esclarecer a origem do dinheiro, trouxe mais nebulosidade às contas do clube de Seguros. Às 21h, inquirido pelo deputado Mário Bernd sobre quem seriam as pessoas que colaboraram para o empréstimo, Diógenes prometeu entregar a lista de doadores à CPI na manhã desta terça.

Mário Brasil / ZH

Presidente do Clube de Seguros da Cidadania foi encaminhado ao Instituto de Cardiologia para exames
Foto:  Mário Brasil  /  ZH


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