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 | 19/04/2005 07h29min

Empresa libanesa confirma novo embarque de gado gaúcho

Aquisição de terneiros deve ser definida nesta semana

A resistência e a qualidade da carne gaúcha agradaram os compradores do Oriente Médio. Depois da venda de cerca de 8,5 mil cabeças para o Líbano, há um mês, outro embarque de gado em pé está programado para o início de maio, no porto de Rio Grande.

A compra dos terneiros deve ser iniciada no final de semana. Serão pelo menos 10 mil exemplares, de propriedades de cerca de 50 municípios gaúchos, em especial da Metade Sul. Segundo José Subirana, gerente da Livestock Internacional, empresa libanesa já instalada em Pelotas, corretores credenciados já estão analisando os rebanhos da região.

No primeiro embarque, os bovinos foram transportados ao Líbano a bordo do navio-curral Kenoz. Apesar da viagem de 18 dias, a perda foi de apenas sete cabeças, um índice 50% menor do que a média em operações do gênero.

– A venda é mais uma alternativa ao setor e mostra a qualidade do rebanho do Rio Grande do Sul. Em razão dos cruzamentos, nosso gado tem melhor sanidade, é resistente e de fácil lida – destaca o coordenador do Comitê de Bovinocultura de Corte de Pelotas, Antônio Carlos Gonçalves.

Com a primeira carga, os pecuaristas da região lucraram R$ 4,5 milhões. Além disso, foram gerados cem empregos diretos e 850 indiretos. A Associação Rural de Pelotas coloca à disposição a infra-estrutura para a negociação, destinando 23 dos 43 hectares para comportar o gado durante o carregamento. Para participar das negociações, os produtores devem cumprir as exigências da empresa, principalmente no que diz respeito à vacinação contra a febre aftosa.

– Sem o cumprimento destas determinações, eles podem perder a chance de vender – alerta o coordenador do Comitê.

Diretores da Livestock, o armador do navio e representantes dos compradores da carga devem chegar ao Estado nos próximos dias para acompanhar a compra e o embarque. O objetivo é tornar a operação periódica.

– O gado deve ser embarcado no mesmo navio do primeiro lote, ou em outro do mesmo armador, que tem três embarcações-curral – conta Subirana.

O embarque é semelhante ao sistema roll on/roll off, usado com veículos. Os bois, que chegam ao cais em caminhões, passam por um corredor cercado e saem, andando, direto na rampa do navio. A bordo, são acomodados nas baias pela tripulação, já especializada neste tipo de carga.

CAROLINE TORMA/ZH

 
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