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 | 14/04/2005 09h33min

Polícia Federal ouvirá César Arrieta em Porto Alegre

Apenas um dos procurados pela Operação Tango continua foragido

A Polícia Federal deixou para ouvir nesta quinta, dia 14, o depoimento do argentino César Mendoza de La Cruz Arrieta, depois de encerrados os depoimentos dos outros 12 envolvidos nas fraudes contra a Receita Federal. Considerado o líder da organização criminosa que fraudou a Receita em cerca de R$ 1,5 bilhão a partir de 1997, Arrieta foi preso em Porto Alegre na última segunda, dia 11, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Tango, que resultou na prisão de 13 pessoas em cinco Estados brasileiros e no Distrito Federal.

Apenas um dos procurados, com mandado de prisão expedido e residente em São Paulo, não foi preso. Chegou na quarta a Porto Alegre Fábio Magno de Araújo Fernandes, preso em João Pessoa, na Paraíba, acusado de intermediar certidões falsos no esquema de venda de créditos fiscais.

Nos golpes contra a Receita Federal, Arrieta era o proprietário da empresa Vale Couros Trading S.A, usada como fachada para as operações ilegais. A Vale Couros, supostamente, comprava de grandes investidores suas aplicações financeiras, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), cuja negociação era proibida. Já a compra dos créditos do IPI era financiada pela própria Vale Couros, que emprestava dinheiro às empresas em dívida com a Receita. No dia 30 de junho do ano passado, a empresa foi vendida ao Banco Santos.

O argentino César Arrieta é apontado como um dos maiores fraudadores da Previdência Social no Brasil, acusado de ter desviado US$ 3 bilhões nos anos 90, no golpe que teve a participação de cerca de 30 funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ele foi condenado a 16 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro, chegou a ser preso em 1995, mas não ficou um ano na prisão. Beneficiado por medida liminar, conseguiu permanecer solto, aguardando o julgamento de recurso em liberdade.

O golpe na Previdência consistia na prática de fraudes com dívidas parceladas e acordos para ações de revisão de benefícios. Arrieta foi preso em Porto Alegre, na casa da companheira, a advogada tributarista gaúcha Sônia Regina Soder, com quem teve dois filhos (atualmente com dois e cinco anos). Ela também foi presa por envolvimento nas fraudes contra a Previdência.

De acordo com a ficha de Arrieta na Polícia Federal, ele nasceu em Formosa, na Argentina, em novembro de 1950, e chegou ao Brasil em maio de 1988. É filho de Severo Mendoza Arrieta e de Agostina Arrieta de La Cruz Mendoza. A profissão que consta na ficha é banqueiro, apesar de a Polícia Federal nunca ter encontrado nenhum ligação do nome com qualquer instituição financeira. Seu visto de permanência como turista no Brasil foi prorrogado por cinco vezes.

Nos golpes contra a Receita Federal, Arrieta era o proprietário da empresa Vale Couros Trading S.A, usada como fachada para as operações ilegais. A Vale Couros, supostamente, comprava de grandes investidores suas aplicações financeiras, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), cuja negociação era proibida. Já a compra dos créditos do IPI era financiada pela própria Vale Couros, que emprestava dinheiro às empresas em dívida com a Receita. No dia 30 de junho do ano passado, a empresa foi vendida ao Banco Santos.

As informações são da agência Brasil.

 
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