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 | 08/04/2005 16h37min

Diretor do BC diz que denúncias afetam ingresso no setor público

Procuradoria da República pediu ao STF a abertura de inquérito contra Meirelles

As denúncias contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não têm abalado os mercados financeiros nem interferido nos trabalhos do BC, afirmou o diretor de Normas da instituição, Sérgio Darcy, nesta sexta, dia 8. Darcy admitiu, no entanto, que "isso (denúncia) é um desestímulo para o ingresso no setor público de pessoas qualificadas".

– O mercado não está se abalando, já começou a absorver e a notar que essas notícias são como ondas, são as mesmas e são repetitivas – afirmou o diretor a jornalistas em evento no Rio de Janeiro ao ser questionado se as investigações poderiam arranhar a imagem do BC na condução da política monetária.

Nesta semana, o procurador-geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Meirelles, com acusações de evasão fiscal, crime contra o sistema financeiro nacional e crime eleitoral. Para Darcy, as denúncias também não afetam as discussões em torno da autonomia do Banco Central.

– A autonomia é o Congresso que tem que decidir... O governo tem mostrado e o ministro Palocci tem ido ao Congresso para dizer porque ele defenda a autonomia do Banco Central. Nos países que adotaram autonomia as taxas de juros caíram, estamos fazendo um trabalho essencialmente técnico – afirmou. 

– Essas acusações dentro do BC não têm repercussão no nosso trabalho. As pessoas continuam trabalhando sempre com a idéia de que isso vai se esclarecer – afirmou.

O diretor do BC também considerou que as denúncias não têm base e que podem servir de instrumento para a oposição.

Em nota divulgada na noite de terça, Meirelles reiterou que todos os seus atos foram legais "tanto em sua longa carreira no setor privado quanto no setor público". Vários ex-diretores do BC enfrentam processos na Justiça por medidas tomadas pela autoridade monetária. Na última semana, o ex-presidente do banco Francisco Lopes foi condenado a dez anos de prisão por suposto favorecimento a bancos  s vésperas da desvalorização do real, em 1999. Ainda cabe recurso à decisão.   

As informações são da agência Reuters.


 
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