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 | 31/03/2005 08h20min

Cresce exportação de gado brasileiro vivo para abate

Vendas atendem especialmente países do Oriente Médio

A exportação de gado em pé para abate começa a representar uma nova alternativa para o comércio exterior do agronegócio brasileiro. Recentemente o país embarcou pelo porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, 9 mil bovinos para o Líbano. Nos próximos dias o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve receber uma missão das Filipinas que vai avaliar a possibilidade de importar animais vivos do Brasil.

A missão das Filipinas deve chegar ao Brasil na próxima semana. A delegação visitará áreas de produção de bovinos e portos por onde eles possam ser embarcados. Atualmente o país é um grande importador de gado em pé da Austrália. A visita sinaliza o interesse daquele mercado em diversificar seus fornecedores de animais vivos.
 
– Esse é um novo mercado que está se abrindo para a pecuária brasileira – assinala o diretor do Departamento de Assuntos Sanitários e Fitossanitários da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Luiz Ribeiro e Silva, referindo-se às exportações de gado vivo para abate.

Confome Silva, os países que têm formas especiais de abate, como os muçulmanos, por exemplo, constituem-se em mercados potenciais para o Brasil passar a exportar gado em pé.

Ainda neste semestre um novo carregamento de boi vivo deve ser embarcado pelo porto de Rio Grande com destino ao Oriente Médio. Segundo a empresa exportadora, com sede em Pelotas (RS), os importadores não informaram qual o país de destino e a quantidade da nova carga. O mais provável é que o gado seja levado novamente para o Líbano. Já o número de cabeças vai depender da capacidade do navio que for utilizado para o transporte dos animais.    

No ano passado o Brasil exportou 15.501 bovinos em pé. Do total, 10.290 animais foram embarcados para o Líbano, que compra o gado vivo para abatê-lo de acordo com os preceitos do islamismo. O método, conhecido como halal, determina que os animais consumidos pelos muçulmanos tenham a traquéia e a jugular rompidas e o sangue totalmente extraído. O abate deve ser feito por um muçulmano, e os animais precisaram estar virados para Meca (Nordeste).

Além dos mercados árabes, os países da América do Sul também importam gado em pé para abate. Em 2004, conforme dados da Secretaria de Produção e Agroenergia do Mapa, o Brasil exportou 3.636 animais vivos para a Venezuela. O país foi o segundo maior destino de bovinos vivos para abate vendidos pelo Brasil. Em terceiro aparece o Paraguai, com importação de 1.233 animais.

As informações são do Ministério da Agricultura.


 
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