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 | 30/03/2005 18h18min

Setor leiteiro estima prejuízos ainda no primeiro semestre de 2005

Mesmo sem ter sentido os efeitos da estiagem, segmento prevê baixas

A Câmara Setorial do Leite avaliou, nesta quarta, dia 30, na Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), o impacto da seca na produção do segmento no Rio Grande do Sul. A reunião marcou a retomada das câmaras setoriais em 2005, reinstaladas pelo secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein.

Mesmo sem ainda sentir os efeitos da estiagem no Estado, de acordo com o coordenador do Núcleo Gestor de Tecnologia Pecuária da SAA, economista rural Darcy Bitencourt, possivelmente ocorrerá diminuição da produtividade do setor leiteiro em abril e maio, além de dificuldades na reprodução do rebanho.

Segundo ele, o crescimento que ocorreu durante o início do ano se deve à boa remuneração dos produtores, à queima da reserva de forrageiras destinadas ao inverno e ao fato de 30% dos produtores gaúchos de leite serem responsáveis por 70% da oferta, com maior emprego de tecnologia.

Na avaliaçaõ de Bitencourt, nos dois primeiros meses de 2005, apesar da deficiência hídrica nas pastagens e lavouras em território gaúcho, ocorreu elevação da atividade leiteira em relação ao mesmo período de 2004. Em janeiro, a produção de leite teve acréscimo de 8% e em fevereiro, de 15%.

O presidente das comissões de Pecuária Leiteira e de Grãos da Federação da Agricultura (Farsul), Jorge Rodrigues, concordou com a análise da SAA:

– A seca na produção de leite ainda não aconteceu no Estado, mas começa a se refletir a partir do final deste mês até maio, quando não há mais pastagens– avaliu Rodrigues.

Além de Jorge Rodrigues, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS), Jones Raguzoni, considerou que é necessário destacar a perspectiva de perdas na produção do leite nos próximos meses a fim de evitar a especulação de preços do produto em decorrência do bom momento da indústria no começo deste ano.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, exportando 60% da bebida e derivados, com nove empresas habilitadas a exportar o produto.

As informações são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do RS.


 
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