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 | 16/02/2005 13h23min

Produtores gaúchos tentam negociar redução de royalties

Comissão estuda formas de modificar cobrança feita pela Monsanto

O preço de R$ 1,20 cobrado sobre cada saca de soja transgênica produzida no Rio Grande do Sul como pagamento de royalties à Monsanto, empresa detentora da propriedade intelectual da tecnologia, será contestado por produtores gaúchos. Uma comissão formada por três integrantes de sindicatos rurais negociará com a multinacional a redução da taxa.

– Não temos nenhuma posição definida, mas diversas opções. A empresa já se mostrou aberta ao diálogo. Então, nosso colegiado decidiu negociar – explica Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

A comissão foi criada na tarde desta terça, dia 15, durante uma assembléia extraordinária da Farsul, realizada no salão de atos da Prefeitura de Não-Me-Toque. Uma das alternativas cogitadas pelos agricultores, que reconhecem a legitimidade da cobrança, é estabelecer um percentual fixo de até 1,38% sobre o preço da saca de soja, aproximando-se dos R$ 0,60 pagos no ano passado.

Cerca de 50 dos 134 delegados da Farsul, nomeados pelos sindicatos rurais integrantes do sistema, participaram do encontro. Além da questão da soja transgênica, também foram debatidas medidas de prevenção contra a ação de invasores de terras. Preocupados com a colocação de barras de ferro entre os pés de milho e outros métodos de sabotagem da colheita registrados no Rio Grande do Sul este ano, a Farsul recomendou aos agricultores a vistoria da lavoura antes de ligar as máquinas.

Os agricultores também discutiram durante a reunião o cenário provocado pela seca nas lavouras gaúchas. Mesmo sem números, os dirigentes da Farsul afirmam que as lavouras de milho e feijão apresentam perdas concretas.

– Não temos como definir os prejuízos, cada caso é variável. Mas na soja ainda não há uma avaliação – diz Sperotto.

O colegiado da entidade expôs aos produtores as ações de prorrogação de financiamentos e prometeu continuar monitorando os efeitos da estiagem.

EDUARDO CECCONI/ZERO HORA
 
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