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 | 26/01/2005 18h24min

Sindicato culpa ministério por embargo à carne suína gaúcha

Ministro acredita que restrição a produto é questão diplomática

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carne Suína do Rio Grande do Sul, Rogério Kerber, culpa o Ministério da Agricultura pelo embargo russo às exportações gaúchas. Kerber argumenta que o governo federal falhou ao permitir que os russos importassem o produto somente proveniente da indústria de Santa Catarina. O Estado tem status de área livre de aftosa sem vacinação.

O dirigente espera que o ministério reabra negociações em breve para que o setor tenha condições de retomar as exportações, que representariam R$ 20 milhões todos os meses aos gaúchos. O problema atinge também os pecuaristas e avicultores.

O  Ministério da Agricultura considera o embargo russo às carnes brasileiras como uma questão diplomática, e não técnica. A explicação ao governador gaúcho, Germano Rigotto, ocorreu depois que o chefe do Executivo ameaçou ingressar na Justiça contra o ministério por conceder apenas a Santa Catarina o status de território livre de aftosa sem vacinação no Brasil.

O ministro Roberto Rodrigues disse a Rigotto que não há qualquer responsabilidade do governo brasileiro na restrição dos russos às carnes de outros Estados, e que o problema é de ordem diplomática. Os russos suspenderam a compra de outros Estados em setembro de 2004, depois que um foco de aftosa foi registrado no Amazonas.

O embargo foi discutido pelo procurador-geral do Rio Grande do Sul em exercício, Euzébio Fernando Ruschel, e o advogado contratado pelas indústrias de aves, bovinos e suínos, Léo Iolovitch. Nos próximos dias, a PGE examinará a possibilidade de uma medida judicial, em nome do Estado, contra o Ministério da Agricultura.

Os empresários do setor alegam que o acordo sanitário assinado em 1999 entre Brasil e Rússia está sendo descumprido, visto que o Rio Grande do Sul, assim como outros Estados atingidos pelo bloqueio, estão dentro das normas sanitárias internacionais.

As complicações causadas pela situação diferenciada de Santa Catarina foram debatidas também por Rigotto e o colega catarinense, Luiz Henrique da Silveira, que se comprometeu a auxiliar o Rio Grande do Sul para derrubar as restrições da Rússia. Luís Henrique se dispôs a ir a Moscou negociar, mas lembrou que a política de comércio internacional depende de ações do governo federal.

Com informações da Rádio Gaúcha e de Zero Hora.


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