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 | 15/01/2005 08h10min

Governo recua e nega noventena a empresários

Fiergs diz que só negocia se prazo for dado

A briga entre o governo e os empresários do setor coureiro-calçadista teve mais um lance na sexta, dia 14. Depois de ter concordado com o pedido da bancada do PMDB em concecer 90 dias de interrupção do decreto que restringe o uso do créditos do ICMS por empresas exportadoras, conseqüência do pacote que eles haviam ajudado a aprovar.

Pressionado em um jantar na Couromoda, na quarta, em São Paulo, o governador ouviu cobranças de empresários do setor contra a medida. Os deputados foram recebidos por volta das 11h do dia seguinte, na ala residencial do Palácio Piratini. Acompanhados pelo senador Pedro Simon, Maria Helena, Marco Alba, Nélson Härter, Edson Brum e Foscarini pediram a noventena para a entrada em vigor do decreto, medida que ajudaria Foscarini e daria tempo de adaptação aos exportadores.

Recém-chegado da visita à Couromoda, Rigotto aceitou a sugestão. A posição do governador foi confirmada por quatro dos presentes na reunião. Ao sair do encontro, Foscarini chegou a dar entrevista à Rádio Gaúcha no início da tarde anunciando a adoção da noventena, e os assessores de imprensa da bancada escreveram uma nota no mesmo tom divulgada pelo site da Assembléia.

Nesta sexta, no entanto, o governador anunciou que não poderia aceitara noventena estava rejeitada. Somente quatro secretários fortes do governo - Alberto Oliveira (Casa Civil), Paulo Michelucci (Fazenda), João Carlos Brum Torres (Planejamento) e Luis Roberto Ponte (Desenvolvimento) apoiaram Rigotto. Entre os peemedebistas, o desconforto acirrou os ânimos e exibiu rachaduras na base de apoio que antes apenas apareciam no PP. Peemedebistas devem cobrar do governador a revogação do decreto durante o encontro do partido nesta sábado, em Torres.

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) anunciou que, caso não seja atendida a proposta da entidade da não aplicabilidade do decreto que afeta a utilização dos créditos dos exportadores para, então, começar as negociações com os setores prejudicados, os empresários se recusarão a conversar com o governo. Na da Fiergs, essa decisão é imprescindível para criar um clima favorável ao diálogo.

As informações são do jornal Zero Hora.

 
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