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 | 12/01/2005 14h13min

Setor agrícola quer que RS decrete situação de emergência

Documento sobre situação com seca será entregue a Rigotto na próxima semana

O setor agrícola do Rio Grande do Sul enviará ao governo gaúcho documento em que solicita a decretação de situação de emergência em todo o Estado em decorrência dos problemas causados pela seca. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 12, em reunião na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa.

O encontro teve a presença de parlamentares, Defesa Civil, Emater, além das federações da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul), das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul).

Até a manhã desta quarta, dia 12, a Defesa Civil estadual já havia recebido mais de cem notificações de prefeituras. A edição do decreto de situação de emergência viabilizaria o envio de recursos federais para os municípios atingidos pela estiagem.

O texto do documento a ser enviado ao governador Germano Rigotto já está sendo elaborado e prevê, ainda, a isenção de taxas e licenças para abertura de açudes, prorrogação de programas de custeio e do zoneamento da safrinha do milho, criação de um fórum permanente para tratar do problema da seca na Assembléia Legislativa, o convite para que os ministros da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Integração Nacional visitem o Rio Grande do Sul, entre outras medidas.

O assessor de Política Agrícola da Fetag, Valdecir Zonin, adianta ainda que o grupo pedirá ao governo federal que compre a produção excedente de trigo e de milho – que estariam com problema de escoamento – a fim de enviar os produtos aos países asiáticos atingidos pelo maremoto de 26 de dezembro.

A edição de um decreto de exceção válido para todo o Rio Grande do Sul garantiria o envio de recursos federais para auxiliar as cidades que registram perdas na agropecuária. Quando um município decreta situação de emergência, envia notificação à Defesa Civil, que, então, realiza vistoria na cidade. Constatados os prejuízos, o governador homologa o pedido e envia o processo ao governo federal. Somente a partir daí é que o município recebe ajuda financeira. Antes, ocorrem ações promovidas pelo governo estadual como, no caso de seca, irrigações e perfuração de poços artesianos.

No ano passado, 390 municípios gaúchos decretaram situação de emergência em decorrência da estiagem. Deste total, 335 receberam reconhecimento do governo federal. Neste ano, nenhum processo foi finalizado, o que deve ocorrer nos próximos dias, segundo a Defesa Civil.

Veja as imagens da seca no Estado

Com informações da Rádio Gaúcha.

 
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