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Rigotto busca decisões do Ministério da Agricultura

Encontro tratou sobre problemas relacionados à carne, vinho, trigo e arroz

O governador do Rio Grande do Sul, German Rigotto, se reuniu nesta terça, dia 30, em Brasília, com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e dirigentes das entidades do agronegócio gaúcho para tratar sobre os problemas relacionados à carne, vinho, trigo e arroz.

Durante o encontro eles assinaram convênio que permite à Secretaria de Agricultura do Estado atuar como parceira do Ministério na fiscalização da produção, circulação e comercialização de vinho e derivados da uva e do vinho. A cooperação técnica também se estenderá na inspeção dos estabelecimentos que produzem e comercializam estes produtos.

Também assinaram o convênio o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, e o Secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein. Em 2003, o Brasil produziu mais de 300 milhões de litros de vinho, sendo o Rio Grande do Sul responsável por cerca de 90% desse volume. A produção do estado está concentrada na Serra Gaúcha, com destaque para os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul.

Ao término do encontro, o governador definiu como produtiva a reunião e observou que o ministro acredita que o embargo da Rússia à carne brasileira deve ser levantado em breve com o fim da missão russa ao país.

Rigotto afirmou que as barreiras à carne brasileira foram agravadas pelo embargo causado por um foco de febre aftosa na região norte do Brasil.

– Mas agora a questão é outra. No Sul, Santa Catarina, Estado zona livre sem vacinação, ficou fora, enquanto os outros Estados, zonas com vacinação, sofreram embargo. Isso complicou ainda mais a produção do Rio Grande do Sul, Paraná e demais Estados. Queremos uma solução rápida, não se pode ter ilhas no Brasil com estados que não vacinam e outros que vacinam e são penalizados por isso.

O governador também julga importante uma definição de classificação – hoje o Brasil tem apenas um Estado zona livre da febre aftosa sem vacinação.

– Esta é uma questão que vai ter que ser enfrentada com o comando do Ministério da Agricultura. Para os organismos internacionais, um país não tem ilhas. Ou ele é todo livre de aftosa sem vacinação ou livre com vacinação. Isso cria uma distorção a ser discutida para encontrar uma solução – adiantou o governador.

Os dirigentes do agronegócio criticaram a permissão dada pelo governo federal para a importação de cereais no momento que antecede a colheita. Segundo eles, isso gera pressão para derrubar os preços. Se não houver uma boa alternativa de comercialização, temem o risco de colapso no sistema de armazenamento do Rio Grande do Sul. A próxima safra de grãos está sendo avaliada em 26 milhões de toneladas, mas a capacidade de estocagem no Estado é para 19 milhões de toneladas.

Na avaliação do governador, as medidas que o governo federal está adotando ainda não são suficientes para as necessidades do produtor.  Para Rigotto falta algum tipo de barreira à entrada da farinha de trigo que chega em grandes quantidades ao Brasil com preços muito aquém dos custos de produção. Já na vitivinicultura, segundo ele, o problema é da entrada sem controle do vinho contrabandeado da Argentina e do Chile, que compete com o vinho nacional, que tem excelente qualidade.

– Em breve teremos problemas sérios com a colheita da uva e, por isso, o governo precisa tomar decisões – assinalou Rigotto.

Participaram da audiência o secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul  (Farsul), Carlos Sperotto, o presidente da Federação das Coorperativas Agropecuárias (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, o vice-presidente da Federação das associações comerciais e de serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), Antônio Sartori e os deputados federais Darcísio Perondi (PMDB) e Luiz Carlos Heinze (PP). 

As informações são do governo do Estado e Ministério da Agricultura


 
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