Os bancários da Capital decidiram nesta quinta, dia 23, manter a greve por tempo indeterminado, seguindo a orientação nacional. Bancos estão tentando garantir o funcionamento das agências na Justiça. Negociações entre a categoria e os bancários seguem sem avanços.

Segundo a Federação dos Bancários (FEEB-RS), o número de agências em greve subiu de 554 para 633 na quinta: 188 do Banco do Brasil, 152 da Caixa Econômica Federal e 112 do Banrisul. Com isso, 135 cidades teriam sido atingidas pelo movimento, que já conta com adesão de 80% dos 25 mil bancários gaúchos. A média nacional seria de 60% de participação, ou seja, 250 mil trabalhadores. No entanto, conforme a assessoria de imprensa do Banrisul, entre 20 e 25 unidades estariam fechadas ou com funcionamento parcial.

Uma agência do Banrisul em Rio Grande conseguiu na Justiça autorização para funcionar durante a greve. A Caixa Econômica Federal também entrou na Justiça na tarde desta quinta para abrir suas agências.

Como a paralisação é parcial no Estado, a orientação do Programa de Defesa do Consumidor (Procon-RS) aos clientes é procurar agências bancárias abertas, terminais de auto-atendimento ou agências lotéricas para efetuar as transações necessárias. Segundo as assessorias do Banco do Brasil, Caixa e Banrisul, os terminais de auto-atendimento estão sendo abastecidos normalmente nas agências abertas e em algumas em que o funcionamento é considerado parcial.

A negociações nacionais entre os grevistas e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não avançaram nesta quinta. A Fenaban mantém a proposta, já rejeitada pelos bancários, de reajuste salarial de 8,5% com participação nos lucros de até 80% do salário. Os grevistas querem 25%, incluindo aumento real de 17,68% nos salários, além de participação nos lucros de até um salário, mais R$ 1,2 mil.

Com informações da Rádio Gaúcha, Zero Hora, Reuters e Agência Brasil.