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Governo vende vacina mais barata para combater aftosa no Pará

Produtores com até 50 cabeças pagarão R$ 0,10 pela dose

Nove equipes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (AdePará) estão no arquipélago do Marajó para mobilizar os pecuaristas da região para a vacinação dos rebanhos bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. A campanha começou ontem neste domingo, dia 15, mas será lançada oficialmente neste sábado, dia 21, no município de Soure, o maior do arquipelágo.

– A partir do dia 22, passaremos a vender vacinas a preço subsidiados – disse o diretor-geral da AdePará, Luiz Pinto.

Produtores com até 50 cabeças pagarão R$ 0,10 pela dose, e os demais desembolsarão R$ 0,50. No mercado, a dose do produto custa entre R$ 1 e R$ 1,20.

O governo do Pará investiu R$ 1,6 milhão na campanha, informa Pinto. Desse total, R$ 1 milhão foram gastos na compra de 1 milhão de doses de vacinas contra a doença. Parte do estoque será vendida aos pecuaristas do Marajó. Outros R$ 600 mil foram destinados à divulgação do combate à aftosa nos municípios da região.

Segundo o diretor-geral da AdePará, os produtores estão sendo convocados por meio de emissoras de rádios, folders e cartazes para vacinar seus rebanhos:

– Também mandamos fazer duas mil camisetas e 1,2 mil bonés para distribuir à população.

A campanha começou neste mês porque coincide com o período de estiagem no Marajó.

– Essa região é um pântano. Por isso, o trabalho é feito na época em que chove menos, a fim de que possamos ter uma ampla imunização – explicou Pinto.

Ele espera que a cobertura vacinal contra aftosa cubra mais de 80% do rebanho do arquipélago.

– Além da vacinação, também vamos recadastrar os rebanhos bovinos e bubalinos – disse.

Segundo o setor privado, os 15 municípios da ilha e as demais localidades do Baixo Amazonas têm cerca de 800 mil cabeças, o que representa cerca de 5% do rebanho do Pará, superior a 15,5 milhões de cabeças. Os 27 agentes das nove equipes de defesa sanitária animal estão percorrendo a região a bordo de um barco.

A nova etapa da campanha é fundamental para o reconhecimento do Estado como livre de aftosa até 2005, quando todo o Brasil deve estar livre da doença. Hoje, apenas o centro-sul do Pará, que abriga 75% das 15,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos do Estado, é considerado livre da doença com vacinação pelo Ministério da Agricultura. O arquipélago do Marajó e o Baixo Amazonas formam a área de alto risco. O nordeste paraense, com 20% do rebanho, é considerado de risco médio.

Por não ter erradicado a doença em todo o seu território, o Pará ainda não pode pedir à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento como área livre de aftosa. Por isso, está impedido de exportar carne bovina e bubalina. Recentemente, um foco da doença foi detectado no município de Monte Alegre, na margem esquerda do Rio Amazonas, o que levou a AdePará a intensificar o combate à aftosa.

– A pecuária é hoje uma das mais importantes atividades da economia paraense, responsável por 400 mil empregos diretos e indiretos – ressaltou o delegado federal de Agricultura no Estado, Moisés Moreira dos Santos.

A erradicação da aftosa, segundo Santos, é essencial para abrir ao Pará a possibilidade de exportar carne e aumentar sua participação no mercado interno.

As informações são do Ministério da Agricultura.

 
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