A disciplina tem sido uma característica marcante do Criciúma no Campeonato Brasileiro. Mesmo exercendo uma forte marcação sobre os adversários, a equipe ainda não recebeu nenhum cartão vermelho. Em nove partidas aconteceram apenas duas suspensões por amarelo.

São 810 minutos jogados sem que um árbitro tire do bolso o cartão vermelho para punir com a expulsão algum jogador do Tigre. Athos e Luciano Almeida foram os primeiros e únicos que ficaram fora de uma partida por terem recebido o terceiro cartão.

Isso aconteceu no último domingo, na oitava rodada da competição, na vitória de 2 a 0 sobre o Juventude. No regulamento da Série A, o quinto critério de desempate é baseado no menor número de cartões recebidos (primeiro vermelho, depois amarelo).

Essa disciplina em campo, que favorece a repetição da mesma equipe na maioria dos jogos, tem a ver com as orientações do técnico Vágner Benazzi e o trabalho físico coordenado pelo preparador Sullivan Dalla Valle. O volante Cléber Gaúcho disse que os jogadores estão conversando durante as partidas para ficarem o mais próximo possível dos adversários.

– Assim não chegamos atrasados na bola e não cometemos a falta – disse.

Genalvo, o parceiro de Cléber que está se tornando especialista em desarmamentos, também atribui à antecipação o baixo número de penalidades contra o Tigre.

– Procuramos usar a força para chegar antes – afirmou.

Para Benazzi, a preparação física adequada é o principal motivo da lealdade do Criciúma nos jogos. O técnico disse que somente jogadores bem fisicamente podem marcar com antecedência sem precisarem correr atrás do adversário.

– Esse é o resultado do trabalho físico, não tenho dúvida – disse Benazzi.

Outra orientação do treinador é para os jogadores evitarem os cartões quando a bola está fora de jogo. Por exemplo, chutar a bola para longe ou abusar da reclamação com o árbitro.

– O cartão deve ser valorizado e recebido apenas quando for mesmo necessário – comentou Benazzi.

As informações são do Diário Catarinense.