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Paim diz que Senado tem maioria contrária ao mínimo de R$ 260

Senador é o principal defensor do salário mínimo de R$ 300 no Brasil

O governo terá de brigar voto a voto no Senado para aprovar a medida provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260. Pelas contas do senador Paulo Paim (PT-RS), 53 senadores – do total de 81 – votarão contra o valor.  São necessários 50% mais um dos votos para aprovar ou rejeitar uma MP. Ao mesmo tempo, um plano de recuperação do mínimo parece ganhar força entre os congressistas que votam a favor.

– Se houver 15% de dissidentes, ainda assim eu tenho os 41 votos – afirmou Paim nesta sexta, dia 28.

Entre os principais partidos da oposição, o PFL deve ter 17 votos contrários e o PSDB, 12. Aliados do governo (PT, PL e PSB) devem dar três votos contrários por sigla, segundo Paim. Além desses, Paim se vale do PDT (5 votos), do PPS (2 votos) e do PMDB (7 votos), sem falar do voto da senadora Heloísa Helena, atualmente sem partido.

Paulo Paim, considerado o Dom Quixote na batalha por um mínimo de R$ 300, admitiu que seu cálculo pode sofrer alterações.

– Estou acendendo a luz vermelha... É claro que os senadores podem mudar de opinião e de posição – argumentou.

Do PT, votariam com Paim o senador Flávio Arns (PR) e a senadora Serys Slhessarenko (MT). Paim disse que enfrenta o governo porque não vai virar as costas para sua principal bandeira. Além disso, ele afirma não acreditar em expulsão, um vez que o PT fechou questão pelo voto favorável ao valor de R$ 260.

Na quinta, dia 27,  23 parlamentares petistas (21 deputados e os senadores Paim e Serys) divulgaram documento para reiterar posição contrária ao mínimo, mesmo após tentativa de convencimento do presidente do PT, José Genoino.

De volta da China e do México, na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve liderar a ofensiva de convencimento. O ministro Antonio Palocci (Fazenda) também deve ajudar na empreitada.

O líder peemedebista do Senado, Renan Calheiros (AL), está levando adiante um plano de recuperação do mínimo já a partir de 2005. Ele reuniu-se na quinta com os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política) e José Dirceu (Casa Civil) para traçar uma estratégia para o plano. Em seguida, encontrou-se com o ministro da Previdência, Amir Lando, também do PMDB.

Com a medida, a idéia de Calheiros é "desanuviar o clima'' dentro da base aliada.

Até um segundo reajuste, em novembro, será sugerido ao Palácio do Planalto para aumentar o poder de barganha nas negociações e evitar uma derrota.

Com informações da agência Reuters


 
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