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Lula faz balanço dos 500 dias e diz que vai mudar o país

Presidente afirma estar disposto a correr o risco de ser mal compreendido

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quinta, dia 20, em cadeia nacional de rádio e televisão, um balanço de seus 500 dias na Presidência da República.

A primeira parte do programa foi dedicada à viagem que o presidente realiza, a partir desta sexta, dia 21, à China. Segundo Lula, a viagem será uma "missão da maior importância para o país", já que o objetivo é ampliar as trocas comerciais com o país. Lula apresentou dados que comprovam a importância estratégica que a China tem hoje para o Brasil.

– A China, com seus 1,3 bilhão de habitantes, é neste momento o país que mais cresce no mundo e um dos países que mais compram. Seu volume de importações atinge hoje a cifra astronômica de US$ 412 bilhões. Desde o ano passado, o nosso governo tomou a decisão estratégica de se aproximar cada vez mais da China – afirmou o presidente.

Lula também disse que está disposto a correr o risco de ser mal compreendido pelo povo brasileiro para colocar em prática as suas principais propostas de governo. Durante o pronunciamento, o presidente disse ter coragem para promover mudanças no país:

– Mudar o Brasil significa ter a coragem de fazer as coisas direito, bem feitas e para valer, como estou procurando fazer. Mesmo sabendo que durante um certo tempo corro o risco de ser mal compreendido pelo meu povo. Mas se este for o preço, eu pago esse preço. Fui eleito para mudar o Brasil. Essa é a minha missão, e dela não abro mão.

O presidente lembrou do recente reajuste de R$ 20 no salário mínimo, e admitiu que gostaria de ter concedido um aumento maior que os R$ 260 definidos pelo governo. Contudo, afirmou que o orçamento da Previdência não suportaria, e isso poderia comprometer todo o esforço já feito até agora.

O presidente também voltou a fazer uma defesa do ajuste fiscal e reconheceu que o governo vem implantando medidas duras para a população. Para "colocar o Brasil nos trilhos", segundo o presidente, era necessário acertar a economia do país.

– Por isso, a nossa prioridade era reduzir a inflação para estancar a queda do salário real e garantir o ajuste das contas públicas, viabilizando a queda dos juros e a retomada do desenvolvimento – afirmou.

O presidente apresentou dados atuais da economia, e disse que hoje o país possui inflação de 0,5% ao mês, e juros anuais de 16%. Lula lembrou que quando assumiu a Presidência, em 2003, herdou uma inflação de 3% ao mês, e juros de 25% ao ano. As duras medidas no campo econômico, na avaliação de Lula, surtiram os efeitos desejados.

O presidente lembrou os vários projetos que vêm sendo implementados pelo governo, como o aumento das exportações, as reformas institucionais, o barateamento do crédito popular e a política industrial, como exemplos de medidas que vão garantir que o ano de 2004 "seja apenas o primeiro ano de um novo ciclo de crescimento sustentável da nossa economia".

Lula encerrou o pronunciamento desejando que todas as medidas implantadas pelo governo resultem em mais empregos e melhores salários.

– Essa é uma luta dura, longa e difícil. Mas Deus é grande e justo. E o Brasil está saindo vencedor.

Este foi o terceiro pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV desde que o presidente assumiu o governo.

Com informações da Agência Brasil.


 
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