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Operação prende envolvidos em fraude no Ministério da Saúde

Esquema teria gerado rombo de R$ 2 bilhões entre 1990 e 2002

A Operação Vampiro, deflagrada nesta quarta, dia 19, pela Polícia Federal em quatro capitais, prendeu até o momento 14 pessoas, entre elas seis funcionários do Ministério da Saúde suspeitos de envolvimento com fraude em licitações para compra de hemoderivados, produtos utilizados no tratamento de hemofílicos. O esquema gerou um rombo de cerca de R$ 2 bilhões entre os anos de 1990 e 2002. Dos seis servidores, dois ocupavam cargos de confiança e foram imediatamente exonerados, segundo informou o ministro interino da Saúde, Gastão Wagner.

Um dos exonerados é Luiz Cláudio Gomes da Silva, nomeado em julho do ano passado para o cargo de coordenador geral de Recursos Logísticos do ministério. Segundo Wagner, Luiz Cláudio era da confiança do ministro Humberto Costa, com quem tinha trabalhado na Secretaria municipal de Saúde de Recife.

Na manhã desta quarta, além das prisões, os policiais apreenderam grande quantidade de papéis, computadores e dinheiro. Segundo um policial, só numa mala aprendida em poder do empresário Francisco Danúbio Honorato havia mais de R$ 1 milhão em espécie.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, informou que a investigação foi iniciada a partir de denúncias feitas pelo próprio Ministério da Saúde em março do ano passado.

De acordo com o inquérito da PF, que ainda está em andamento, o ministério comprava hemoderivados desde 1990 por cerca de US$ 0,41 a unidade. Esse valor vigorou até março do ano passado. Ao saber da suspeita de fraude, o governo Lula mudou o sistema de licitação. Com isso, o valor unitário dos hemoderivados caiu para US$ 0,24, 42% menor que o pago anteriormente. Wagner de Souza disse que é justamente essa diferença que corresponde à fraude.


 
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