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Governo avalia aumento no preço da gasolina

Altas internacionais do petróleo pressionam a cotação de derivados

O governo federal está discutindo internamente o aumento do preço dos combustíveis para compensar a disparada da cotação do petróleo no mercado internacional. Técnicos da área já informaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que será muito difícil manter os preços internos inalterados com o petróleo cotado a mais de US$ 40.

A cotação do barril de petróleo atingiu nesta segunda, dia 17, o patamar mais alto da história. O recorde anterior era de sexta-feira, de US$ 41,38. Na segunda o valor do barril para entrega em junho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, chegou a US$ 41,55.

O mercado tem se mostrado extremamente nervoso devido a temores de ataques terroristas no Iraque e na Arábia Saudita, além de demanda crescente de petróleo nos Estados Unidos e na China. As cotações não têm reagido às declarações de integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que já apontaram aumento da produção.

A decisão final sobre o percentual de reajuste da gasolina será de Lula, que deve tratar do assunto nos próximos dias, provavelmente antes de embarcar para a China, na próxima sexta. O presidente será o árbitro dessa decisão devido à importância do tema. Ele já teria discutido o problema com ministros mais próximos, mas pediu mais informações.

A Petrobras manteve os preços dos combustíveis inalterados durante os primeiros quatro meses do ano absorvendo as variações do petróleo no Exterior. Mas, com a escalada do valor do barril nos últimos dias, a situação ficou mais complicada. Além disso, a empresa tem contribuído substancialmente para os superávits nas contas públicas. Segurar os preços dos combustíveis, no médio prazo, pode resultar em prejuízos também para o governo.

O cuidado do Planalto explica-se, por outro lado, pelo impacto que o aumento dos combustíveis terá nos índices de inflação. O Banco Central já previa um reajuste até o fim do ano para a gasolina e derivados, mas a turbulência internacional deve antecipar a decisão do governo sobre o assunto.

Um dos argumentos que vem adiando o reajuste é o fato de o Brasil ser hoje quase auto-suficiente na produção de petróleo. Mas os analistas lembram que a empresa trabalha com um mix: exporta gasolina e importa nafta e diesel, e não pode se descolar dos preços internacionais sem que acabe computando prejuízo em suas contas.

Com informações de Zero Hora.

 
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