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 | 05/05/2004 17h28min

Al-Qaeda comemora morte de ocidentais na Arábia Saudita

Não foi possível verificar imediatamente a autenticidade da declaração

Uma nota atribuída a um líder da Al-Qaeda na Arábia Saudita elogiou nesta quarta, dia 5, os atiradores que mataram cinco ocidentais na semana passada, mas não chegou a assumir a autoria do atentado.

– Olho com orgulho para os mártires de Yanbu. Os quatro heróis prepararam, planejaram e executaram sua operação com precisão. Eles mantiveram sua promessa conosco e escolheram bem o alvo, porque ali é o lugar de muitas empresas petrolíferas ocidentais que ocupam nossa terra economicamente e roubam sua riqueza. Eles infligiram a maior das dores aos inimigos de Deus – dizia a nota atribuída a Abdulaziz Al Muqrin e divulgada pelo site islâmico Sawt Al Jihad.

Não foi possível verificar imediatamente a autenticidade da declaração, que, ao contrário de mensagens anteriores da Al-Qaeda, não assumiu a autoria do ataque. Três sauditas que trabalhavam em um complexo petroquímico na localidade de Yanbu usaram suas senhas para entrar no lugar, infiltraram um quarto cúmplice e mataram cinco ocidentais – dois norte-americanos, dois britânicos e um australiano. O corpo de um dos norte-americanos foi arrastado pelas ruas da cidade, que fica às margens do mar Vermelho.

Três das vítimas eram funcionários de primeiro escalão da empresa de engenharia ABB Lummus, que anunciou a retirada de todos os seus funcionários estrangeiros de Yanbu. O ministro saudita do Exterior, príncipe Nayef bin Abdul-Aziz, atribuiu o atentado à rede Al-Qaeda.

– Conclamo a juventude da nação a emular estes heróis e travarem a jihad (guerra santa) com coragem. Mas peço a eles que se preparem bem, sejam organizados e escolham seus alvos e o momento cuidadosamente, para evitar derramar o sangue muçulmano, que é sagrado – disse a declaração.

Comunicados anteriores de Muqrin pediam que corpos de norte-americanos fossem arrastados pelas ruas do país, que é o maior exportador mundial de petróleo e um importante aliado dos Estados Unidos. Washington sugeriu a seus 35 mil cidadãos na Arábia Saudita que abandonem o reino.

O governo local vem combatendo uma onda de violência dos militantes desde o ano passado, quando atentados suicidas mataram 50 pessoas. Os ataques foram atribuídos à Al-Qaeda, responsável também pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Muqrin está na lista dos militantes mais procurados da Arábia Saudita. Ele teria assumido a chefia nacional do grupo no começo deste ano, após a morte de Khaled Ali Ali Haj.

Com informações da agência Reuters.


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