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EUA confiam em administração nuclear responsável do Brasil

Governo segue firme em sua postura de não permitir inspeções em suas instalações

Os Estados Unidos disseram nesta quarta, dia 14, que consideram o Brasil "responsável'' na área nuclear e que as inspeções nas plantas deveriam ser realizadas em um contexto multilateral.

O Brasil se prepara para começar este ano a enriquecer o urânio, o que o tornará parte de um pequeno grupo de países que dominam esta tecnologia. O resultado final do processo de enriquecimento de urânio pode ser utilizado para fabricar armas nucleares ou gerar energia, mas o Brasil disse que seus objetivos são pacíficos.

Os EUA querem que o Brasil se submeta a inspeções em suas instalações nucleares. O país tem resistido às inspeções, dizendo que deve cuidar de sua tecnologia e que já firmou o Tratado de Tlatelolco, que declara a América Latina livre de armas nucleares.

O México apoiou nesta terça, dia 13, a postura brasileira. Durante uma visita oficial, o chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbez, disse que o Brasil claramente renunciou a qualquer ambição de fabricar armas nucleares.

Em declarações a jornalistas, o Secretário-Assistente para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado norte-americano, Roger Noriega, absteve-se de reiterar o pedido de inspeções, considerando o país como "responsável''.

– É um assunto bastante delicado, mas acredito que o nosso governo tem uma confiança tremenda no Brasil – disse ele logo após um seminário sobre o Haiti, organizado pelo American Enterprise Institute.

– Nós acreditamos que eles estão comprometidos em cumprir suas obrigações internacionais e este é um tema que é melhor administrado pelo Organismo Internacional de Energia Atômica de forma multilateral – acrescentou, referindo-se à agência da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregada de realizar inspeções.

– Eu quero ser claro nisto, que não queremos fazer disto um assunto bilateral porque, francamente, os Estados Unidos têm confiança de que o Brasil é responsável – reiterou.

Os Estados Unidos querem que o Brasil faça parte do protocolo do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que permite aumentar as inspeções nas fábricas, mas isso é algo que o Brasil se nega a fazer.

Com informações da agência Reuters

 
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