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 | 31/03/2004 09h10min

Rossetto diz que ameaças do MST não afetam conduta do governo

Ministro garantiu que afirmações de Stédile não mudarão política de reforma agrária

O ministro de Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, negou nesta quarta, dia 31, que o governo tenha cedido às ameaças do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que afirmou que infernizaria o país em abril com invasões de terra caso as metas de assentamento não sejam cumpridas. Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, Rossetto ressaltou que "o governo não se condiciona, mas escuta e respeita".

– Não concordo (que o governo esteja cedendo a ameaças) porque o país está vendo o governo trabalhando fortemente por um programa prioritário. O governo não se condiciona, mas escuta e respeita. Não vamos deixar de trabalhar por causa de movimentos que fazem parte de uma História que é o 1º de abril, o 1º de maio do nosso país na luta pela reforma agrária – defendeu o ministro.

Rossetto também afirmou não achar correto comentar as declarações de Stédile. Segundo ele, os movimentos sociais têm responsabilidades e respondem por suas opiniões.

O ministro disse ainda que o modelo de reforma agrária a ser implementado no Brasil tem por objetivo não só criar assentamentos, mas também reformar os já existentes. Ao ser perguntado se haveria desapropriação de terras, Rossetto respondeu que o governo respeitará as leis e não vai vistoriar as terras proibidas de serem analisadas.

– O governo cumpre leis e normas. Todas as terras proibidas de serem vistoriadas não serão. Mas a nossa agenda de trabalho é forte – declarou.

Conforme Rossetto, a proposta adotada pelo governo visa ao desenvolvimento produtivo, social e ambiental. Ele contou que programas sociais já foram implementados nos assentamentos.

– Centro e trinta mil famílias têm assistência técnica e 110 mil assentados estão em programas de escolarização. O novo modelo de reforma agrária trabalha com qualidade produtiva, social e ambiental – explicou o ministro.

Em relação aos sem-terra que montam acampamentos perto das terras reivindicadas, Rossetto afirmou que o governo tem trabalhado para dar a essas pessoas acesso à terra. Ele ressaltou que dados mostram que o sistema de trabalho vigente é superior à média da História do Incra e que o instituto está sendo reestruturado para que funcione de maneira ainda mais eficiente.

– Temos terras ociosas e improdutivas e gente querendo trabalhar. Vamos ajudar essas pessoas que querem trabalhar – prometeu.

Com informações da Globo Online.


 
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