No segundo dia de greve da Polícia Federal, nesta quarta, dia 10, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, declarou que espera para logo uma solução para o impasse. Segundo Thomaz Bastos, a greve é pacífica e a expectativa é que o movimento acabe o mais rápido possível

Desde esta terça, dia 9, a Polícia Federal mantém apenas os serviços essenciais, como a emissão de passaportes para casos excepcionais, plantões, segurança de autoridades e vigilância de carceragens. De acordo com os organizadores do movimento cerca de 80% dos policiais, peritos e papilocopistas da Polícia Federal estão parados. Os agentes da PF reivindicam a correção da tabela de vencimentos. Uma lei federal de 1996 determinou a exigência de curso superior para ingresso na Polícia Federal, mas o salário básico permanece de nível médio. A equiparação equivale a um reajuste de 50%. Os salários passariam de R$ 4.500  para  R$ 7 mil.

Nesta quarta, a greve causou transtornos em todo o país, principalmente em aeroportos e no serviço de emissão de passaportes.  Em Porto Alegre, passageiros vindos do Exterior que desembarcaram no aeroporto Salgado Filho esperaram em média uma hora para liberar bagagens. O atraso é resultado da Operação Padrão, em que todos os passageiros de vôos internacionais passam por fiscalização detalhada.

Os problemas foram menores em relação aos embarques para o Exterior, mas, para evitar atrasos, os passageiros estão sendo orientados a ir para a sala de embarque assim que terminem o check in. A greve praticamente parou a emissão de passaportes na capital gaúcha. De uma média de 200 documentos por dia, os policiais emitiram nesta quarta, dia 10, apenas três – dois para tratamento de saúde e um por razões de estudo. A emissão é condicionada pelos grevistas à urgência da viagem. Com informações da Agência Brasil e jornal Zero Hora.