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Índia e Paquistão acertam acordo sobre negociação de paz

Países disputam região da Caxemira

A Índia e o Paquistão chegaram nesta terça, dia 17, a um acordo amplo sobre o formato de futuras negociações de paz depois de um encontro de dois dias realizado em Islamabad. O acordo foi firmado após diplomatas de escalão médio terem realizado as primeiras negociações formais entre os países inimigos em mais de dois anos e meio. Os principais assuntos tratados foram a disputa em torno da Cachemira e a segurança da região.

– Um acordo amplo foi firmado a respeito das modalidades e do cronograma de um diálogo a ser realizado – afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão em um comunicado.

Os chanceleres dos dois países devem se reunir em Islamabad nesta quarta. As equipes de negociadores submeteriam a proposta de futuras negociações às duas autoridades para ser aprovada. O acordo deve reavivar o diálogo sobre oito áreas de conflito, um processo paralisado em 1998 e definitivamente abandonado na metade de 2001.

– De forma ampla, daremos prosseguimento à agenda acertada em 1998 – afirmou uma autoridade indiana em Islamabad.

Na fórmula acertada então, os chanceleres discutiriam a questão da Caxemira e a "paz e a segurança'' – expressão que abarca uma série de medidas de fomentação da confiança mútua, com o objetivo de evitar a eclosão de uma guerra convencional e nuclear na região.

Autoridades de outros ministérios abordariam uma série de outros assuntos, entre os quais o comércio, os contatos entre nacionais dos dois países e as disputas sobre recursos hídricos, fronteiras marítimas e a geleira Siachen. O anúncio é feito depois de um encontro histórico, no mês passado, entre o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf.

O Paquistão gostaria de avançar o mais rápido possível, especialmente na disputa pela Cachemira. O país acusou a Índia de tentar atrasar o processo no passado e de usar as negociações como uma forma de colocar a questão de lado. O governo indiano deve negociar de forma cautelosa, ao menos até as eleições de abril.

Diplomatas e analistas vêem sinais promissores de que os dois lados parecem genuinamente comprometidos em avançar nas negociações de paz, evitando cair nos impasses que impossibilitaram a conclusão do processo no passado. A disputa em torno da Caxemira indiana deflagrou duas das três guerras travadas pelos países desde 1947. O Paquistão, de maioria muçulmana, defende que a região escolha seu destino por meio de um plebiscito. A Índia, majoritariamente hindu, reivindica a soberania sobre a área.

As informações são da agência Reuters.


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