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Bush decide investigar inteligência que levou à guerra no Iraque

Grupo vai contar com republicanos, democratas e especialistas

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anuncia esta semana o estabelecimento de uma comissão independente e bipartidária para investigar as aparentes falhas nos dados da inteligência norte-americana usados para justificar a guerra no Iraque, disseram autoridades do governo.

Bush, que era contrário à medida, estava sob forte pressão de republicanos e democratas no Congresso para apoiar uma investigação independente sobre as informações da inteligência, segundo as quais o Iraque possuía armas químicas e biológicas, que não foram encontradas. As afirmações de que o Iraque tinha estoques de armas de destruição em massa foram a principal razão citada por Bush para iniciar a guerra, na qual mais de 500 soldados dos EUA morreram.

A comissão deverá ter até o ano que vem para apresentar um relatório com suas conclusões. Os democratas queriam que o prazo terminasse este ano. Esta é uma tentativa de evitar que os resultados da investigação apareçam no meio da campanha presidencial.

Cerca de nove membros deverão ser escolhidos para a comissão. Alguns serão especialistas de fora do governo e outros serão membros do Congresso. Entre eles haverá democratas e republicanos, disseram autoridades. Mesmo assim a comissão representa um risco político para Bush, que colocou a credibilidade dos EUA em jogo ao ordenar a invasão do Iraque com base em informação que agora parece ser errada.

A comissão terá ampla autoridade para investigar as informações de inteligência sobre o Iraque e sobre outros lugares do mundo, disse uma autoridade.

O senador democrata Jay Rockefeller, vice-presidente da Comissão de Inteligência do Senado, disse que a investigação precisa começar antes da eleição de novembro e que deveria incluir o tema de como a inteligência foi usada por aqueles que decidiram ir à guerra.

Bush rejeitava uma investigação independente porque a Casa Branca temia que o assunto se transformasse em um fantasma durante a campanha para a reeleição. No entanto, Bush reconsiderou sua posição recentemente diante da pressão de democratas e republicanos pela investigação.

– Quero que o povo americano saiba que eu também quero saber os fatos – disse Bush na sexta.

As informações são da agência Reuters.

 
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