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Lula descarta planos mirabolantes e defende tecnologia nacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta sexta, dia 16, que repudiou a adoção de planos "milagrosos'' para organizar a economia, além de reiterar o otimismo com as perspectivas no setor para este ano.

– Pela primeira vez estamos construindo estabilidade sem nenhum plano mirabolante – disse Lula durante a inauguração da nova unidade de fundição da fábrica Dedine S/A, em Piracicaba, São Paulo.

– Não tem Plano Bresser, nem Plano Verão nem Plano Cruzado. Tem, na verdade, compromisso de tratar a economia brasileira como o trabalhador sério trata o seu salário – declarou.

Os três planos citados foram implementados durante o governo do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que apoiou Lula na disputa eleitoral de 2002.

– Quero dizer ao Alckmin (governador de São Paulo, Geraldo Alckmin-PSDB) que certamente vamos inaugurar fábricas por este Estado e outras pelo Brasil afora e vamos, quem sabe, poder afirmar a empresários que querem investir aqui uma coisa simples: primeiro, venham que não terá mais apagão neste país; segundo, venham porque não tem plano nenhum milagroso – declarou.

O grupo Dedine atua na área de equipamentos e também tem usinas de açúcar e álcool. Foram investidos na nova unidade 80 milhões de reais. A capacidade é de 22 mil toneladas de peças fundidas por ano. O maior mercado para a empresa é o setor sucroalcooleiro.

Um pouco mais tarde, ao lançar o polo de biocombustíveis, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), Lula defendeu a necessidade de o país produzir tecnologia para conquistar um maior espaço no exterior.

– Não é vender empresas estatais, é vender produtos brasileiros – disse o presidente em seu discurso.

O presidente afirmou que o governo pretende apostar numa política de combustíveis renováveis, como o biodiesel, que podem inclusive ajudar a balança comercial do país.

O polo de biocombustíveis irá centralizar todas as ações da área que estão sendo desenvolvidas no Brasil, envolvendo a indústria de álcool, de óleos vegetais, de equipamentos, agências do governo e universidades. A idéia é elaborar um projeto paulista de biodiesel para dar subsídios a um programa nacional.

Em seu discurso, o presidente ressaltou que é preciso agressividade na disputa do comércio internacional.

– Em política, não existe espaço vazio. Não tem vácuo. Se alguém levanta o pé, quando for colocar já tem outro no lugar dele – disse o presidente num contexto comercial. Mas em tempos de reforma ministerial, a frase pode ter outras leituras.

As informações são da agência Reuters.

 
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