O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a primeira revisão do acordo de US$ 12,55 bilhões com a Argentina. A confirmação foi feita nesta sexta, dia 9, pelo chefe do gabinete de ministros, Alberto Fernández.

– Com muita satisfação recebemos hoje a notícia de que o Fundo Monetário aprovou o cumprimento das metas que a Argentina acertou com o Fundo no mês de setembro – afirmou Fernández.

Um pouco mais cedo, fontes do governo haviam dito que o presidente Néstor Kirchner teve uma conversa telefônica de 20 minutos com o diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, na qual foi informado da aprovação. A revisão libera US$ 330 milhões do acordo total de US$ 12,55 bilhões assinado no ano passado. O pacto é fundamental para ajudar a Argentina a se recuperar do colapso econômico de 2002.

As tensões entre o FMI e a Argentina sobre as metas acertadas no acordo adiaram a decisão da revisão. O presidente argentino criticou o Fundo diversas vezes pelo o que ele chamou de pressão inadequada. O FMI teme que se a Argentina não conseguir fechar um acordo com seus credores, o país não voltará aos mercados internacionais. Há temores sobre o ritmo lento das reformas do sistema bancário e das negociações sobre as tarifas de serviços públicos.

A Argentina ofereceu pagar aos credores apenas 25% do valor de face dos títulos da dívida de US$ 88 bilhões em moratória. A proposta enfureceu os investidores que têm títulos da dívida do país.