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Indústria vai liderar o crescimento da economia em 2004

CNI aposta na continuidade da queda da inflação e da taxa de juros no ano que vem

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta terça, dia 16, o seu balanço anual do desempenho da economia brasileira. Além das análises e perspectivas no médio prazo, o documento traz dados consolidados sobre o desempenho da economia em 2003.

Segundo o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer cerca de 3,5% em 2004. A expansão da economia será liderada pelo setor industrial, que retomará a produção estimulado pela reativação do consumo das famílias e dos investimentos nas empresas, chegando a um crescimento de 4,5%. Isso ampliará a oferta de vagas no mercado formal de trabalho e a taxa de desemprego pode cair até 1,5 ponto percentual no próximo ano, aproximando-se dos 11%.

Em 2004, a CNI aposta na superação parcial das restrições ao crescimento, o que deve ser verificado pela queda da inflação, que deve chegar aos 6% em dezembro de 2004, muito próxima da meta de 5,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa de câmbio deve permanecer estável e as quedas nos juros devem continuar, porém de forma mais gradual. A projeção da CNI é que atinja os 13% em dezembro, com uma taxa de juros real média de 8% no ano.

A exemplo deste ano, as exportações devem crescer, mas também de forma mais suave, somando US$ 75 bilhões no final do ano. As importações também crescem, atingindo o patamar de 15% e finalizando o ano com um superavit de US$ 19 bilhões, cerca de US$ 5 bilhões menor do que o verificado em 2003, mas bastante satisfatótio para o equilibro das contas externas.

O relatório avaliou ainda que a eleição de um presidente pertencente a um partido de oposição causou ansiedade e incertezas, mas serviu para fortalecer a democracia da nação. Já no tocante às mudanças estruturais necessárias para o crescimento, o sucesso é "apenas relativo". O documento afirma que o balanço das reformas tributária e previdenciária não é de todo favorável, já que as reformas propostas são "parciais e limitadas", e necessitam de um aprofundamento em um futuro próximo.

Quanto à reforma da previdência, a principal crítica do relatório é em relação à PEC paralela, que teria suavizado o impacto da proposta original. Segundo a CNI, "as alterações implementadas minoram mas não eliminam o desequilíbrio estrutural da previdência." O documento refere-se à reforma tributária como "a principal frustração" do ano. A CNI considera as mudanças tímidas e aquém das necessárias para modernizar o sistema tributário brasilieiro. O pior defeito da reforma seria "o seu preponderante viés fiscalista e arrecador, com as mudanças sendo priorizadas unicamente para aumentar (ou preservar) a capacidade de extração de tributos por parte do Estado."

No tocante à economia, o relatório da CNI elogia a reversão da trajetória alta da inflação e o "excepcional desempenho das exportações", e critica a estagnação da economia, a constante queda do rendimento das famílias e o alto índice de desemprego. Segundo o documento, no primeiro semestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu cerca de 2%, recessão que também pôde ser verificada na queda de 5,6% do setor industrial no período.

No segundo semestre, entretanto, a reativação da economia foi o ponto positivo, com a flexibilização da política monetária e a queda dos juros básicos. O bom desempenho da agricultura e das exportações fazem com que o PIB tenha uma retomada, e o documento estima que o PIB de 2003 fique com um crescimento próximo de zero.


 
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