As expectativas de crescimento da produção para os próximos seis meses ainda preocupam a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No informativo Comércio Exterior em Perspectiva, divulgado nesta quinta, dia 4, a CNI afirma que a economia ainda se ressente da estagnação da demanda doméstica e o principal fator de demanda continua vindo do mercado externo.

O informativo também diz que ainda há muita incerteza quanto às reformas em curso no Congresso Nacional, mas que a manutenção do processo de redução das taxas de juros dá uma perspectiva positiva para a evolução futura do nível de atividade.

Além disso, o documento destaca que as importações deverão manter a tendência de crescimento gradual, sem afetar de maneira significativa a balança comercial brasileira nos próximos meses. Os setores mais otimistas são material de transportes, mobiliário, vestuário e calçados, cujos indicadores situaram-se acima de 60 pontos. Mais da metade das empresas destes setores prevêem crescimento em suas exportações. Com exceção do setor farmacêutico (com indicador de 48,5 pontos), o otimismo com relação à evolução das exportações é generalizado entre as empresas industriais.

O relatório mostra que os empresários estão cautelosos em relação às projeções para o crescimento da economia e a demanda interna no ano que vem.

– Embora a demanda interna já esteja dando sinais de recuperação, ainda não há razão para se acreditar que ela crescerá com força nos próximos meses. Por sua vez, as exportações continuam a mostrar vigor e devem continuar sendo o principal motor do crescimento no futuro próximo – diz o informativo.

Com informações da Agência Brasil.