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Presidente do STF ataca Executivo em resposta a críticas de Lula

Em resposta à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o suposto envolvimento de políticos, empresários e magistrados com o crime organizado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, disse nesta quarta, dia 5, que há também corrupção no Executivo.

– A toda hora, vê-se irregularidade sendo praticada no Executivo. Então, não é uma exceção do Judiciário. Isso (corrupção) é da condição humana – afirmou.

Segundo Corrêa, nas várias esferas de poder há casos de "desvios de conduta".

– No Superior Tribunal Militar (STM), por exemplo, há julgamentos que tratam de desvios de conduta de militares – declarou.

Ele deu mais uma estocada em Lula, que ainda não respondeu formalmente se comparecerá ou não à reunião que Corrêa convocou para a próxima terça com os chefes dos três poderes. O presidente do Supremo avalia que o encontro será uma boa oportunidade para serem discutidos os casos de corrupção envolvendo integrantes dos três poderes.

Corrêa disse ainda que dará novas declarações a respeito das críticas ao Judiciário após a data prevista para ocorrer o encontro.

– Só vou fazer pronunciamentos sobre essas críticas que estão surgindo após a vinda, ou não, dos chefes dos poderes. A partir daí, direi o que vou fazer – disse.

Ele considera "preocupante" o caso da suposta ligação de delegados, agentes da Polícia Federal (PF), advogados, empresários e três juízes federais, João Carlos da Rocha Mattos, Casem Mazloum e Ali Mazloum, na organização criminosa envolvida em tráfico de influência, corrupção e venda de sentenças judiciais em São Paulo. A quadrilha é investigada pela chamada Operação Anaconda. Corrêa reconhece que essas denúncias podem prejudicar a imagem do Judiciário.

– Evidentemente que isso não pode trazer nenhum benefício. É claro que isso enodoa a imagem do Judiciário.

O presidente do Supremo reconheceu também que há necessidade de se reformar o sistema judicial diante das acusações contra os membros. Mas insiste que a reforma do Judiciário precisa ser discutida entre os três poderes e não partindo de uma proposta do Executivo.


 
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