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 | 05/11/2003 10h35min

Lula descarta acordo com FMI antes de dezembro

Palocci se reunirá com a Anne Krueger às 15h

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quarta, dia 5, que já tenha sido decidido que o Brasil vá assinar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Lula revelou que um outro acerto não sairá antes de dezembro.

 – O Brasil necessariamente não precisa fazer acordo com o FMI – afirmou Lula em visita a Moçambique. – Se tiver acordo será apenas em dezembro, não é agora. Até porque eu preciso chegar ao Brasil para ver quais são as propostas técnicas. Não é possível ter um acordo com o presidente da República estando em Moçambique – afirmou.

– Nós não precisamos sequer dos U$ 8 bilhões que estão colocados a nossa disposição no acordo passado – ele disse.

Ele disse a jornalistas que conversou com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e que ainda serão discutidas questões técnicas do novo acerto.

– Liquei para o Palocci (ministro da Fazenda, Antonio Palocci) e ele me explicou que a equipe técnica preparou pontos de conversação para apresentar aos representantes do FMI – comentou Lula.

O ministro da Fazenda irá receber a vice-diretora gerente do FMI, Anne Krueger, por volta de 15h. Anne Krueger foi convidada a vir ao Brasil pelo próprio Palocci para definir as bases da renovação do acerto com o Fundo.

O presidente, entretanto, admitiu fazer um acordo "preventivo'' com o FMI, mas fez uma firme defesa da nova orientação que o Fundo deveria dar às negociações com os países devedores.

– Todo mundo sabe que o governo vem dizendo há algum tempo que o FMI precisa mudar de comportamento. Não é mais necessário ficar exigindo que nenhum país faça ajuste fiscal, mas que os países assumam um compromisso de retomada do crescimento. Até porque o ajuste fiscal foi fracassado na maioria dos países – disse ele.

O presidente descartou que um novo acerto vá impedir a retomada da economia brasileira porque o cenário já dá todos os indícios de que o país está pronto para crescer.

Uma missão do Fundo chefiada pelo argentino Jorge Márquez-Ruarte está no Brasil desde a semana passada para fazer a quinta revisão do acordo de US$ 30 bilhões assinado no ano passado. Se aprovada a revisão, o Brasil estará apto a sacar a última parcela de US$ 8 bilhões, que poderá ser incluída no novo acordo.

As informações são da Agência Brasil e Reuters.

 
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