À espera pelo resultado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que nesta quarta, dia 22, divulga a nova taxa básica de juros, a Selic, o dólar comercial oscilou bastante perto da estabilidade, fechando em leve alta de 0,24%. A moeda fechou as negociações cotada em R$ 2,862 na compra e R$ 2,865 na venda.

O mercado reagiu com tranqüilidade ao resultado do leilão de swaps cambiais do Banco Central, no qual foram rolados apenas 3,2% de uma dívida pública de US$ 1,5 bilhão. A rolagem simbólica da dívida evidenciou a baixa demanda do mercado por ''hedge'' (proteção).

Ao optar por liquidar praticamente toda a dívida, o BC reacende a especulação em torno da possibilidade de pagamento integral de todos os vencimentos até o final do ano, o que reduziria a dívida do governo em mais US$ 4 bilhões. Até o início de outubro, o BC já liquidou US$ 13,2 bilhões, por meio de rolagens parciais das dívidas.

Profissionais do mercado afirmam que o fluxo cambial ficou perto da estabilidade, com leve vantagem para os ingressos de recursos. A tendência natural de queda teria sido impedida principalmente pelo mau desempenho do C-Bond e do risco-país, estes influenciados pelas quedas das bolsas americanas.
 
Apesar da proximidade com o desempenho das bolsas internacionais, as atenções do mercado também estão concentradas na reunião do Copom. A perspectiva de queda de juros e aquecimento econômico anima o mercado acionário e atrai capital externo, como vem acontecendo nas últimas semanas. Especula-se que o corte na taxa, hoje de 20% ao ano, seja de 1 ponto percentual. Segundo operadores, uma redução de 1,5 ponto também não será surpresa, já que o mercado futuro já se ajustou para essa possibilidade.

Com informações da Globo News.