Apesar dos nove meses de gestão, Lula declarou ainda não ter plano para a reforma agrária porque o Ministério do Desenvolvimento Agrário está trabalhando na elaboração de um novo conceito de distribuição da terra. Segundo Lula, não adianta dar propriedades às pessoas e não oferecer condições de trabalho, o que faz com que 80% dos assentados até agora dependam de cestas básicas do governo para sobreviver.

– Qual o prazer de colocar a pessoa em 30 hectares de terra, num lugar em que não há água, não há consumidor, não há técnica? Isso não é reforma agrária. Eu vou inaugurar um novo modelo de reforma – afirmou o presidente, para quem a mudança deve levar em consideração o que o assentado vai plantar.

Sobre a violência no campo, o presidente afirmou que o Ministério da Justiça está investigando os casos e negou que a reforma não vai sair porque alguém está invadindo ou matando.

– A reforma agrária vai sair por necessidade de se fazer justiça social – disse. 

E acrescentou:

– Nós queremos efetivamente fazer a reforma agrária, fazer com que as pessoas produzam e vivam com dignidade. E isso não é compromisso de campanha, é compromisso da minha história – destacou.